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Uma equipe de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) deve desembarcar no Iraque nos próximos dias para analisar a possibilidade de se realizarem em breve eleições diretas no país, afirmou na sexta, dia 30, o secretário-geral da entidade, Kofi Annan. Ele declarou ter recebido garantias das forças de ocupação, lideradas pelos EUA, de que a segurança da equipe seria garantida.
– A coalizão (das forças ocupantes) prometeu proteger a equipe ao máximo. Então, acho que nos próximos dias a equipe viajará e dará início a seus trabalhos – afirmou o secretário-geral, em visita a Bruxelas.
No começo deste mês, Annan enviou especialistas em segurança para o Iraque a fim de avaliar se os funcionários estrangeiros da entidade poderiam retornar a Bagdá sem correr riscos. Em agosto passado, um atentado a bomba contra a sede da entidade ali deixou vários mortos, entre os quais o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, enviado especial da ONU no país árabe.
A equipe de especialistas em assuntos eleitorais deve avaliar se o Iraque tem condições de realizar um pleito nacional antes de 1° de julho, final do prazo estipulado pelos EUA para transferir a soberania do país para os iraquianos. A superpotência diz ser impossível realizar eleições antes da data porque não houve registro de eleitores e porque o país continua sendo um lugar instável, impróprio para a realização do pleito.
Os norte-americanos querem criar comissões regionais para escolher uma assembléia interina encarregada de eleger um governo transitório para assumir o poder em 1° de julho. As eleições plenas seriam realizadas em 2005.
Mas esses planos foram contestados pelo aiatolá Ali Al Sistani, o clérigo xiita mais importante do Iraque, que exigiu a escolha do governo por meio de eleições diretas. Os xiitas compõem 60% da população iraquiana, de 26 milhões de pessoas.
As informações são da agência Reuters.
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