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O diretor financeiro do Pentágono, Dov Zakheim, afirmou nessa quarta, dia 17, que a empresa Halliburton terá que reembolsar os cofres do governo norte-americano. A empresa alega ter superfaturado por engano o seu trabalho no Iraque, contratado pelo órgão de defesa dos Estados Unidos, mas ainda não há provas de que o erro não foi deliberado.
Na semana passada o Pentágono disse que uma auditoria preliminar descobriu que a Kellogg Brown and Root (KBR), subsidiária da Halliburton, pode ter pago US$ 61 milhões a mais para uma empresa kuwaitiana escolhida para levar combustível do Kuwait para o Iraque.
Os laços estreitos que unem a Halliburton à Casa Branca são uma fonte de constrangimentos para o governo Bush. A empresa nega veementemente qualquer irregularidade, embora tenha sido dirigida pelo vice-presidente Dick Cheney entre 1995 e 2000, ano em que foi eleito vice-presidente.
– Se eles não puderem recuperar (o dinheiro entregue a mais),
isso sairá da companhia, não do
contribuinte – disse Zakheim, ao revelar que aparentemente a KBR não obteve grandes lucros com a transação duvidosa.
A KBR recebeu em março, sem licitação, um contrato para fazer reparos no parque petrolífero iraquiano. Esse contrato deve ser dividido em dois, a serem disputados em licitação internacional. Zakheim atribuiu alguns dos problemas da KBR a um sistema contábil "antiquado" que, segundo ele, já está sendo modificado pela empresa.
A empresa já apresentou ao governo uma conta de US$ 2,26 bilhões pelo contrato no Iraque, além de mais US$ 2 bilhões em um outro acordo logístico feito com os militares com duração de dez anos.
O presidente e executivo-chefe da Halliburton, Dave Lesar, disse que as acusações contra a KBR têm mais a ver com a política do que com a realidade, acrescentando que sua empresa continuará o trabalho que está fazendo no Iraque.
As informações são da agência Reuters.
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