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Quatro membros do governo provisório do Iraque foram levados ao encontro de Saddam Hussein neste domingo, dia 14, para confirmar sua identidade. Sob custódia norte-americana, o ex-ditador demonstrou não ter nenhum arrependimento de seus atos após três décadas governando o país com mão de aço.
– Ele parecia um tanto cansado, mas por vezes foi desafiador e não (se mostrou) arrependido. Ele tentou justificar seus crimes de alguma forma e disse que era um governante firme, mas justo – disse Adnan Pachachi, que foi ministro das Relações Exteriores após o Partido Baath de Saddam tomar o poder.
Pachachi revelou que os quatro membros do governo provisório liderado pelos EUA se reuniram com Saddam logo após sua prisão por 30 minutos, e descreveu o encontro como "um dia histórico".
– Os iraquianos... esperavam por esse dia impacientemente. Este tirano foi preso e isso vai permitir a abertura de um novo capítulo – afirmou o ex-ministro.
Para Pachachi, a prisão pode acelerar a transferência de poder aos iraquianos, mas descartou a possibilidade de um ponto final nos ataques diários contra as tropas norte-americanas.
O líder muçulmano xiita Adel Abdul Mahdi afirmou que durante o encontro Saddam fez pouco caso das covas coletivas descobertas depois da queda de seu governo.
– Quando o questionamos sobre as covas coletivas, ele disse que eram de agentes iranianos e ladrões... Ele não se mostrou impenitente e até mesmo justificou seus crimes – afirmou Abdul Mahdi.
Os líderes disseram que Saddam será julgado publicamente e responderá por todos os crimes que cometeu enquanto governou o Iraque.
As informações são da agência Reuters.
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