| 14/10/2003 09h38min
A Petrobras garante que suas operações na Bolívia estão normais e não foram alteradas pelos violentos protestos registrados no país. A informação consta de nota oficial divulgada pela empresa nesta terça, dia 14. Segundo a companhia, o foco dos protestos está em La Paz e seus arredores e as instalações da estatal brasileira na Bolívia estão situadas na região central do país, em Santa Cruz de la Sierra.
Pelo menos 47 pessoas morreram e outras 150 ficaram feridas na pior onda de violência urbana e rural desde a restauração da democracia na Bolívia, em 1982, segundo entidades de direitos humanos. O projeto de exportação do gás boliviano para os Estados Unidos através de um porto chileno foi o estopim dos protestos, embora o governo não tenha definido nem selecionado a eventual saída do produto pelo país vizinho. Existe na Bolívia um sentimento disseminado contra o Chile, país responsável pelo fim do acesso marítimo boliviano, na guerra de 1879.
Na segunda, o presidente da Bolívia, Gonzalo Sánchez de Lozada, denunciou a existência de um plano golpista financiado no exterior para destruir a democracia no país. Lozada garante que não vai renunciar.
Depois do pronunciamento, o comando das Forças Armadas deu respaldo ao presidente e advertiu aos setores em conflito que o Exército vai preservar a ordem e a tranqüilidade em todo o país.
Com informações da agência Reuters.
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