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França e Alemanha ofereceram aos Estados Unidos um acordo que efetivamente reconhece um governo de transição no Iraque, mas reduz o papel político dos Estados Unidos no país, de acordo com documentos divulgados nesta quarta, dia 10.
Em preparação para um encontro de chanceleres do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) no próximo sábado, os dois países propõem emendas a um rascunho de resolução sugerido pelos EUA, que visam a obtenção de mais tropas e dinheiro para o Iraque. A Rússia apresentou proposta em separado.
As três nações, com poder de veto no Conselho de Segurança, defendem um papel mais forte da ONU na supervisão do processo de preparação de eleições e eventual restauração da soberania iraquiana. As propostas retirariam poder das autoridades americanas, o que deve levar o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, e o chanceler britânico, Jack Straw, a rejeitá-las.
Os Estados Unidos disseram que não acreditam em muito entusiasmo da ONU por ações no Iraque, especialmente depois do atentado de 19 de agosto em Bagdá, em que 22 pessoas foram mortas. O encontro de sábado foi convocado pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para tentar romper o impasse sobre a resolução. Além de Powell e Straw, participarão da reunião os chanceleres da Rússia, Igor Ivanov, da França, Dominique de Villepin, e da China, Li Zhaozing.
A proposta de resolução americana transformaria as atuais tropas de ocupação em uma força multinacional, autorizada pela ONU, mas sob o comando norte-americano. Isso encorajaria países como Índia, Paquistão, Bangladesh e Turquia a enviar tropas com 15 mil homens. Os EUA têm 130 mil soldados no Iraque, seguidos da Grã-Bretanha, com 11 mil, e de outras nações, com 12 mil.
A proposta russa daria à força de ocupação um mandato de um ano, prorrogável por mais um ano pelo Conselho de Segurança. A proposta franco-germânica insiste que uma efetiva participação internacional é necessária para a reconstrução econômica, em particular por um Fundo de Desenvolvimento, no qual a receita do petróleo iraquiano seria depositada.
As informações são da agência Reuters.
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