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Chanceler britânico admite maquiagem de relatório sobre armas iraquianas

O ministro britânico das Relações Exteriores, Jack Straw, admitiu nesta terça, dia 9, em entrevista à rádio BBC ter pedido para acrescentar um "parágrafo forte" no controverso dossiê publicado pelo governo britânico sobre o potencial do arsenal iraquiano de armas de destruição em massa, em setembro de 2002.

Jack Straw justificou o pedido de acrescentar o parágrafo para destacar o "desprezo" do antigo presidente iraquiano Saddam Hussein em relação às Nações Unidas (ONU).

Em mensagem eletrônica ao seu secretário particular, Mark Sedwill, o chanceler teria insistido, na ocasião, que uma parte do dossiê fosse "reforçada" para destacar "o aspecto central da questão das armas de destruição em massa no regime de Sadam Hussein".

As declarações são decorrentes da investigação que tenta apurar as circunstâncias que levaram o cientista britânico perito em armamentos David Kelly a um alegado suicídio.

David Kelly, especialista em armas químicas e biológicas que trabalhava como assessor do Ministério da Defesa britânico, se suicidou no dia 17 de julho, uma semana depois de seu nome aparecer nas primeiras páginas dos jornais britânicos como fonte de reportagem polêmica da BBC. A matéria denunciava a manipulação de relatórios sobre armas químicas no Iraque pelo governo Tony Blair. Depois da morte de David Kelly, a BBC reconheceu ter sido ele a principal fonte da reportagem.

Com informações da Agência Brasil.

 
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