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Um ex-funcionário do Ministério da Defesa da Grã-Bretanha declarou que os membros do serviço de inteligência da Grã-Bretanha estavam descontentes e se mostraram preocupados com a linguagem usada no dossiê sobre o poder de destruição das armas iraquianas.
Brian Jones, ex-chefe da equipe de especialistas do governo em armas químicas e biológicas, afirmou nesta quarta, dia 3, em depoimento no inquérito que investiga a morte de David Kelly, que alguns de seus subordinados achavam "muito forte" a linguagem usada no dossiê, apresentado pelo Executivo ao Parlamento. Os funcionários advertiram sobre a afirmação de que Saddam Hussen só precisaria de 45 minutos para lançar um ataque com armas de destruição maciça.
No entanto, ele lembrou que Kelly parecia não ter problemas com o dossiê.
– Peguntei-lhe: o que você acha do dossiê, David? Ele respondeu que parecia bom – disse
Jones.
Jones contou que tinha uma relação profissional cordial com
Kelly, embora não fossem amigos e que somente supervisionou a elaboração desses e de outros relatórios sobre o Iraque.
Um outro especialista em armas químicas, segundo Jones, estava preocupado com as declarações do dossiê, por não representarem a avaliação do serviço de inteligência que ele tinha elaborado. Jones disse ainda que este subordinado tinha a impressão que "alguns dados foram forçados, particularmente em relação à produção de armas químicas".
Kelly, de 59 anos, aparentemente cometeu suicídio após o governo revelar que ele fora a fonte anônima de uma reportagem da rede BBC,que acusou a administração Blair de manipular informações de inteligência sobre o Iraque. A morte do cientista mergulhou o governo Blair em uma crise.
As informações são da Globo News.
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