| 18/11/2010 09h39min
Escassez de peças, dificuldade para contratar jogadores e montar uma equipe competitiva diante de um calendário tão apertado. Apesar de ter passado oito anos longe do futebol brasileiro, o técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, conhece bem estes problemas. Depois da vitória por 1 a 0 sobre o Goiás, na ida pelas semifinais da Copa Sul-Americana, Felipão admitiu a limitação do elenco, mas comparou o cenário com aquilo que ele mesmo encontrou quando desembarcou em São Paulo há 13 anos, e que resultou em conquistas palmeirenses pouco tempo depois:
– Quando chegamos ao Palmeiras em 1997, também fizemos um trabalho de seis meses e escolhemos jogadores para compor. Só espero mais alternativas no ano que vem. Pelo o que conversei, temos possibilidade, sim, de realizar uma ou outra contratação. Com esse grupo, estamos fazendo algo espetacular para o momento.
Como em outras entrevistas coletivas, quando criticou a falta de opções no elenco, Felipão alertou, mais uma vez, para a dificuldade de se não ter as peças que gostaria:
– Esses são os jogadores que eu tenho. Eu não tenho ponta esquerda de velocidade, ou um ponta direita de velocidade. Tenho de armar a equipe com os jogadores que eu tenho. Em cima dessas características, muitas vezes a gente leva sufoco.
Com o resultado positivo nas mãos, o Palmeiras enfrenta o Goiás no Estádio do Pacaembu na próxima quarta, no jogo de volta. O Alviverde pode até empatar para garantir vaga à final da competição, quando enfrentará LDU ou Independiente-ARG.
Nada de “já ganhou”
Não foi de falta, mas foi dele. Mais uma vez, um golaço de Marcos Assunção deu a vitória ao Palmeiras em uma partida decisiva. Só que desta vez, o gol teve ainda mais importância: o Palmeiras ficou bem próximo de disputar as finais da Copa Sul-Americana.
Na partida da próxima quarta-feira, no Pacaembu, um empate já é suficiente para classificar o Alviverde. Uma vitória do Goiás por 1 a 0 leva a decisão para os pênaltis. Qualquer outra vitória goiana, por um gol ou mais de diferença, classifica o Goiás.
Felipão aproveitou para destacar a importância de Marcos Assunção para o time, além de eximir o goleiro Harlei de qualquer culpa no gol.
– Foi indefensável pela força do chute. O Marcos Assunção subiu um pouco mais no segundo tempo, como pedimos a ele. Eles (Goiás) nos davam espaço para isso. Ele acertou um lindo chute sim – afirmou.
Apesar da vitória, o Goiás chegou a apresentar maior volume de jogo no primeiro tempo, pecando na finalização. Nos minutos finais, um grande susto para a torcida alviverde: aos 47 minutos da segunda etapa, após bola levantada na área, Otacílio Neto desviou de cabeça para dentro do gol. No entanto, foi marcada a posição irregular. Por isso, Felipão quer o time atento no jogo de volta.
– Temos de saber que 1 a 0 proporciona chances ao adversário. É um resultado magro, mas que nos dá a possibilidade de jogarmos tanto pela vitória como pelo empate. Em São Paulo, será a mesma luta. O Goiás tem uma equipe forte, trabalha bem as bolas aréas e paradas, e vamos tomar precauções para neutralizá-los – declarou.
– O Goiás tem boa condição, tem qualidade e pode nos superar. Não adianta pensar que estamos classificados. Passamos uma etapa. Com 30 mil pessoas no estádio, vai ser um jogo em que teremos apoio, vamos nos superar. Mas não está decidido. Temos de ter as barbas de molho. O empate não seria de todo errado, o Goiás forçou muito – concluiu Felipão.
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