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 | 16/11/2010 08h11min

Ronaldinho recebe carinho dos companheiros no retorno à Seleção

Última convocação do meia aconteceu em abril de 2009

Filipe Gamba  |  filipe.gamba@rdgaucha.com.br

De POA para Doha

A última vez que Ronaldinho vestiu a camiseta da Seleção foi no dia 01 de abril do ano passado, Brasil e Peru pelas Eliminatórias, no Beira-Rio. Ontem, o jogador foi um dos últimos a se apresentar em Doha. Foi do aeroporto direto para o estádio. Lá treinou e percebeu o quanto é querido pelos funcionários e torcedores.

Todos integrantes da delegação lhe deram afetuosos abraços e lhe desejaram boa sorte no seu retorno à Seleção. Os torcedores, até então comedidos, formaram longas filas para conseguir o autógrafo do craque.

Lazaroni e a água batizada

Técnico da Seleção na Copa de 1990, Sebastião Lazaroni não esquece a eliminação para a Argentina. Há três anos trabalhando no Catar, o atual treinador do Qatar Sport Club lançou suspeitas sobre as participações da seleção argentina em Mundiais.

— Eles ganharam da gente em 90 com água batizada, em 94 teve o doping do Maradona, mas em 86, ano em que conquistaram o Mundial, será que não adotaram do mesmo expediente? — pergunta um treinador que ainda é responsabilizado pela eliminação brasileira.

Mundial 2022

O Catar não economiza dinheiro e investe pesado para tentar sediar a Copa do Mundo de 2022. Em Doha, integrantes do comitê olímpico comentam que Brasil e Argentina receberam 2 milhões de euros para realizarem o amistoso. Além disso, um congresso sobre esporte está sendo promovido em Doha. Alguns dos principais nomes do futebol mundial estarão presentes dentre os quais Alex Ferguson, Fabio Capello e Sandro Rossel, presidente do Barcelona.

O maior adversário do Catar é o clima: em junho e julho, época em que é realizada a Copa do Mundo, as temperaturas chegam a 50ºC, mas os organizadores não desanimam e prometem a construção de estádios climatizados.

Dribles

Sandro Rossel é o atual presidente do Barcelona, está hospedado no mesmo hotel que a seleção brasileira. Nessa segunda almoçou com Ricardo Teixeira e amanhã estará no Khaliffa International Stadium onde irá assistir a dois dos maiores ídolos da história do Barcelona: Messi e Ronaldinho. Convidado pelos jornalistas brasileiros a opinar sobre quem foi melhor, o presidente dribla a imprensa e diz que ambos são ótimos jogadores. Recentemente, Rossel se declarou um apaixonado pelo futebol brasileiro.

Voltar? Nem pensar

Sem cobrança da torcida e da imprensa e recebendo ótimos salários, os profissionais brasileiros que atuam no Catar não pensam em voltar tão cedo para o Brasil. Caio Jr, técnico do Al Gharafa tem recebido constantes propostas para voltar. A última foi do Santos, mas por enquanto o treinador e sua comissão técnica preferem seguir em Doha.

Sulivan Dallavale, preparador físico que trabalha com Caio Jr. lembra que após a mais acachapante das derrotas o máximo que ouviu dos torcedores foi: "Se Deus quiser venceremos a próxima partida"

Táxi de luxo

Doha é uma cidade luxuosa. Prédios enormes, avenidas largas e muito luxo nos vários hotéis que existem na capital. Quem participa de coberturas da dupla Gre-Nal em jogos pela América do Sul sente a diferença, principalmente, no nível dos veículos que compõe a frota de táxi em Doha. Jaguar e BMW são os carros que predominam em uma frota que em nada faz sentir saudade, por exemplo, de países como Venezuela, onde seus carros são antigos e até insalubres.

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