Esportes | 08/11/2010 07h10min
No dia em que o Inter começa a escolher o substituto de Vitorio Piffero, publicamos a resposta dos três pretendentes sobre questões a respeito do futuro do clube. Os três candidatos à presidência do Inter, Pedro Affatato (Chapa 1), Sandro Farias (Chapa 2) e Giovanni Luigi (Chapa 3), responderam a cinco temas.
O trio considera prioritária a modernização do estádio não apenas em decorrência da Copa de 2014 mas também para abrigar um quadro de sócios cada vez maior e mais exigente.
Cada candidato apresenta uma solução, mas os três concordam que é possível acolher um maior número de associados em dias de jogos, desde que haja um critério que facilite o acesso aos mais assíduos.
O futebol também foi um tema proposto aos candidatos. Em um novo ano de Copa Libertadores da América, a prioridade total será a remontagem da equipe após o Mundial em Abu Dhabi. Conheça as opiniões dos candidatos para os próximos dois anos.
As perguntas:
1. Quais são os planos para que o Beira-Rio seja sede da Copa de 2014?
2. Como o senhor pensa o time para 2011?
3. Quais são os planos para as categorias de base?
4. Como o senhor pretende tratar o Quadro Social, como a dificuldade de acesso dos sócios em grandes jogos?
5. A briga política interna pode atrapalhar a gestão 2011/2012? O senhor pretende convidar integrantes de movimentos concorrentes para compor a direção?
1. O Beira-Rio será a sede gaúcha da Copa do Mundo de 2014. Teremos um estádio moderno, funcional e que vai gerar novas e importantes receitas para o futuro do clube.
2. O projeto de gestão como um todo está baseado em inclusão e organização. Com isso, teremos condições ainda melhores de buscar recursos para o futebol. Aumentaremos o investimento no futebol para manter um time extremamente competitivo, ainda mais para a disputa da Libertadores. Garantir a permanência dos principais jogadores e a manutenção de uma equipe de alta competitividade.
3. A atual política de futebol da base favorece a formação de novos ídolos. É um modelo eficiente. O trabalho da base será mantido, com alguns pequenos ajustes obrigatórios da modernidade. O projeto Inter B será mantido, uma vez que o modelo de futebol do Inter é vencedor. Mexeremos muito pouco, daremos continuidade ao que vem sendo feito.
4. Temos mais de cem mil sócios e média de público de 30 mil pessoas por evento. Poderemos ampliar o Quadro Social com novos projetos, até mesmo de aproveitamento do estádio. Na média, a capacidade do Beira-Rio é bem maior do que a frequência dos sócios. Há problemas em três ou quatro grandes jogos ao ano. O Inter pode, sim, atender a uma demanda maior que a atual.
5. Não houve racha. O Inter cresceu muito em todos os aspectos. As pessoas que gerenciam os movimentos têm ideias diferentes. É preciso pensar na instituição primeiro, o Inter é muito mais que um clube de futebol. O Inter precisa crescer com organização para cada vez mais canalizar recursos para o futebol. Não há briga política, apenas formas diferentes de pensar o clube. Nossa gestão terá espaço para todos aqueles que desejam buscar o entendimento.
Sandro Farias, 41 anos, auditor tributário
1. Modernizar o complexo Beira-Rio para que ele gere novas receitas, para que seja umas das principais fontes de renda do clube, mas sem comprometer as finanças. Sem incentivar o comprometimento dos recursos do clube, e em especial, os recursos do futebol.
2. O tricampeonato da América é a prioridade. Manteremos os melhores atletas e agregaremos qualidade. Precisaremos administrar a folha alta, montar uma equipe forte com equilíbrio financeiro, além de contar com jogadores com espírito de entrega, envolvimento e indignação.
3. Construir um CT para a base, contratar um gerente executivo para coordenar estas categorias (que pode ser alguém que já esteja no clube), internacionalização da base, com excursões Brasil afora e no Exterior, servindo para a negociação de jogadores que não serão aproveitados pelo time principal, e maior integração da base com o grupo profissional, a fim de que os jogadores façam uma transição natural da base para a equipe de cima.
4. O Quadro Social pode crescer ainda mais. Criaremos o Portal dos Associados, onde eles poderão comprar produtos, opinar, interagir e destinar parte da mensalidade aos projetos de maior interesse do Inter. A carteirinha de sócio precisa ser uma espécie de cartão de crédito, para consumo em bares e lojas do Beira-Rio. Nos jogos decisivos, parte dos ingressos será destinada aos torcedores mais assíduos, que acompanharam um maior número de jogos no ano, e estamos estudando uma espécie de programa de milhagem para a bonificação de sócios.
5. Isso me preocupa. O contraditório não pode ofender ou gerar inimizades. É preciso reaproximar as pessoas. Podemos dar um exemplo de modelo de clube democrático e altamente profissional, eficiente e vencedor. Em ano de Libertadores, é preciso canalizar as energias para o futebol, e não desviá-la para outras questões.
Giovanni Luigi, 51 anos, administrador de empresas
1. Temos responsabilidade com a Copa, pois a gestão Vitorio Piffero lutou para que ela fosse no Beira-Rio. Honraremos isso, mas com responsabilidade. O mandato é de dois anos, mas pode comprometer as receitas por muitos anos. É preciso analisar custos e viabilidade, pensar nas obras para o sócio, e adaptá-las à comodidade do associado.
2. Manter o máximo possível do grupo atual, agregando jogadores da categoria de base. No Inter B, há jovens com grande potencial. Além disso, serão contratados jogadores para posições pontuais. Estes virão para serem titulares.
3. A partir do caso Andrigo, não permitiremos mais que jogadores abaixo dos 16 anos (que ainda não podem assinar contrato) disputem torneios nacionais e internacionais. O Inter B será mantido, mas enxugado. Vamos mesclar o B com juvenis, juniores e jogadores do time de cima que não estejam jogando. O foco será promover os juvenis e juniores. Aumentar os convênios com escolinhas e clubes em todos os Estados do Brasil para a promoção de novos talentos.
4. Temos capacidade para aumentar o Quadro Social. O tamanho? É do tamanho da nossa torcida. Precisamos agredir o mercado. Buscar mais sócios ainda para o clube. Temos um problema: mais de cem mil sócios e uma capacidade de 56 lugares no estádio. Faremos um estudo sobre isso, a fim de desenvolver regras que beneficiem os sócios que mais comparecem aos jogos ou os associados há mais tempo, privilegiando-os. Criar algo como "Sócio Diamante" ou "Sócio Ouro", uma espécie de pontuação para beneficiar uma parcela de associados que não pode ficar fora dos grandes jogos.
5. O movimento Inter Grande sempre pregou a pacificação do clube. É normal a disputa política. Pretendo, sim, chamar nomes de outros grupos para trabalhar na gestão. É preciso trazer pessoas interessadas no bem do clube para a gestão.
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