Esportes | 29/10/2010 11h32min
O meia Ronaldinho é a grande novidade da convocação da Seleção Brasileira para o jogo contra a Argentina, marcado para o próximo dia 17 em Doha, no Catar. Pesou na decisão do técnico Mano Menezes uma conversa que teve com o jogador quando foi à Itália e o viu jogar pelo Milan. Na entrevista coletiva, o treinador reproduziu um único trecho da conversa:
– Interessa somente ao técnico e ao jogador. Do que posso tornar público, o conceito que vai reger a avaliação é: disse que ele nunca vai voltar a ser comparado com outros jogadores. Vai ser comparado com ele mesmo – disse Mano Menezes.
Mano já tem uma experiência em lidar com um jogador consagrado tentando buscar novamente seu espaço. Ele comparou a situação com a convivência com o atacante Ronaldo, que chegou ao Corinthians após se recuperar de lesão. E garantiu: se o craque foi convocado, foi por seus méritos.
– Convivo com essas escolhas há algum tempo. Quando estava no Corinthians, foi a chegada do Ronaldo. Agora com o Ronaldinho, se ele tem essa condição, foi porque ele conquistou. Deixo bem claro que quem quiser esse espaço, que lute, que conquiste – disse o treinador.
Mano também lembrou de jogadores que não foram relacionados para esse compromisso. Entre eles, o goleiro Júlio César, que manifestou o interesse de voltar ao ambiente da Seleção, colocando-se à disposição. Mas a resposta do treinador também serviu para outros jogadores que participaram da campanha na Copa da África do Sul, como Maicon e Lúcio. Usou a expressão "ausência momentânea" para exemplificar:
– Às vezes você reclama que está há oito ou dez anos no mesmo lugar. E isso, num ambiente, não é bom para quem está chegando. Essa ausência momentânea desses jogadores vai ser bom para eles. Qquando retornarem vão se sentir bem em voltar e ter esse sentimento de fazer parte de um grupo vencedor. São grandes profissionais, já devem estar sentindo essa saudade e até a ansiedade por voltar.
O técnico da Seleção também projetou qual será a Argentina do dia 17 de novembro. Ele ponderou que a adversária não terá a mesma postura que bateu a Espanha de goleada, pois considera que foi um jogo atípico, assim como a derrota para o Japão.
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