A greve dos bancários, que completou 13 dias, pode acabar na quinta-feira. Nesta segunda-feira, às 11h, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reúne, pela segunda vez, com o Comando Nacional dos Bancários, em São Paulo, para mais uma rodada de negociações. Depois, é a vez do Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF) apresentarem as propostas de reajuste salarial aos funcionários.

No sábado, em uma reunião no Hotel Maksound Plaza que durou quase três horas, Fenaban e grevistas não entraram em acordo. Os bancos apresentaram uma proposta de reajuste de 6,5% para quem ganha até R$ 4,1mil, enquanto que o índice reivindicado pelos bancários é de 11% para toda a categoria. A proposta da Fenaban inclui ainda reajustes de 9,82% para o piso salarial e 6,5% para a Participação de Lucros e Resultados (PLR).

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e região, Clovis Mena Dutra, a proposta contém avanços, mas ainda é insuficiente. No encontro desta segunda-feira, três grevistas de Blumenau, Criciúma e Florianópolis representam os bancários catarinenses. O líder sindical afirma que na quarta-feira haverá uma assembleia na Capital para avaliar os rumos da paralisação. Até lá, a greve continua.

A expectativa de mudança na proposta pode determinar o final da greve na quinta-feira.

Lotéricas e terminais de autoatendimento

Com a greve nacional dos bancários, muita gente está tendo de se virar para pagar as contas em dia. O Procon salienta que os usuários devem tentar quitar os débitos em casas lotéricas ou por meio do autoatendimento.

A medida é justamente para prevenir que o consumidor pague juros. Mas o diretor geral do Procon em Florianópolis, Tiago Silva, esclarece que no caso de contas que não possam ser pagas em lotéricas, os bancos devem remeter títulos com com novos prazos de vencimento após a paralisação.

Caso isso não seja feito, os clientes devem entrar em contato com o Procon para fazer uma reclamação formal ao banco.