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Esportes  | 11/10/2010 07h14min

Adilson retoma boas atuações no Grêmio, mas segue se cobrando para melhorar

"Pastor alemão" do meio-campo tricolor tem contrato até 2014 e só sai com uma proposta irrecusável

Tatiana Lopes  |  tatiana.lopes@rbsonline.com.br


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O pastor alemão do meio-campo do Grêmio - foi assim que o narrador da Rádio Gaúcha Marco Antônio Pereira apelidou o volante - retomou as boas atuações com a camisa tricolor. É um dos destaques da equipe, sendo peça importante na marcação. Além disso, aprimorou a saída com a bola e também vem desarmando mais jogadas. Qualidades que lhe rendem vários elogios.

 

Depois de algumas lesões que o atrapalharam, Adilson acredita que voltou a ter um bom momento, mas mesmo assim diz que não deixa de se cobrar.

 

– Voltei a ter um bom momento como no ano passado, mas me cobro muito porque tenho muito para melhorar ainda, principalmente na parte ofensiva – destacou o volante em entrevista exclusiva ao clicEsportes.

 

– Preciso aprimorar mais o fundamento do chute. Tenho pouco tempo para treinar isso especificamente – completou.

 

Foto: Tatiana Lopes.

 

Adilson novamente se recupera de uma lesão, desta vez na panturrilha, mas não é nada grave. Nesta última semana, fez tratamentos especiais no departamento médico do Olímpico para voltar ao campo o mais rápido possível.

 

A chegada do técnico Renato ao Olímpico, que deu novo ânimo ao ambiente gremista, colaborou para o crescimento de Adilson, junto com o grupo. Depois de figurar na zona de rebaixamento por algumas rodadas do Brasileirão, hoje o Grêmio já se dá ao luxo de mirar uma vaga na Libertadores do ano que vem.

 

– Acho que contribuiu para meu crescimento, mas de uma forma geral, e pelo fato de a equipe toda evoluir com ele – comentou.

 

O volante não arrisca um jogador da sua posição para citar como um exemplo, alguém que ele se espelhe. Ele sempre diz que é fã do atacante Ronaldo por ele ter dado a volta por cima enfrentando vários problemas na carreira, entre eles graves lesões.

 

– Cito sempre o Ronaldo como exemplo. Também passei por lesões, nenhuma grave, e dei a volta por cima. E foi o único cara que vi jogar de quem eu posso falar assim, não vi o Pelé, por exemplo, então o foco é o Ronaldo – explicou.

 

O "pastor alemão" não avaliou seus números nas últimas partidas, mas acredita que sua marcação tem sido mais efetiva, principalmente porque os jogadores de armação do atual meio-campo são posicionados mais para criar. Aliás, o jogador aprovou e se identificou com o apelido ganhado recentemente.

 

– Achei muito legal, bacana, e combina, porque eu sou alemão e mordedor em campo – disse ele, abrindo um largo sorriso.

 

Foto: Vitor Rodriguez, Grêmio.

 


O futuro

Adilson tem contrato longo com o Grêmio, até 2014. Por enquanto, não pensa em deixar o clube. Ele faz questão de ressaltar que só sai com uma proposta irrecusável para ambas as partes.

 

– Sondagens aconteceram, principalmente na última janela, mas as coisas sempre ocorrem naturalmente. Não me preocupo com isso. O pessoal diz que eu tenho perfil europeu, mantendo a regularidade, um dia isso vai acontecer. Tenho contrato até 2014, até lá tem muita coisa para acontecer – comentou.

 

– Só se fosse algo muito bom para mim e para o Grêmio, não pretendo sair para outro clube do Brasil. De preferência fora do país – acrescentou.

 

Foto: Vitor Rodriguez, Grêmio.

 


Alemão roqueiro

Pastor alemão, e também alemão roqueiro. Adilson faz parte de um grupo pequeno entre os jogadores de futebol. Quando o assunto é música, ele prefere um rock n'roll. No Olímpico, assim como na maioria dos estádios brasileiros, predominam o sertanejo e o pagode, ou samba.

 

– Eu sou roqueiro, o pessoal zoa de mim, me chama de "alemão roqueiro", mas não me sinto ofendido. Também ouço sertanejo, eles que não curtem rock – contou.

 

Adilson listou as cinco bandas indispensáveis no seu playlist:

1- Guns N' Roses
2- Deep Purple
3- Led Zeppelin
4- Pearl Jam
5- Ramones


Ainda no assunto cultura, o volante também curte séries e livros.

 

– Gosto de séries, de livros também, comecei a ler mais no ano passado. Gostava muito de história no colégio, gosto de ler sobre a Segunda Guerra Mundial – disse.

 

Nas horas de folga, em casa, Adilson aproveita para jogar poker com amigos, ou então online. Ele conta que aposta de U$ 3 a U$ 10.

 

– Às vezes chamo os amigos na minha casa para jogar poker, jogo online também, e às vezes a namorada vem ficar comigo – comentou.

 

– Sou bem regular no poker, não ganho muito, mas também não perco – completou.

 

 

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