| 07/10/2010 21h19min
O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, negou nesta quinta-feira que a campanha do presidenciável José Serra tenha oferecido ministérios ao PV para atrair a senadora Marina Silva ao palanque tucano.
— É mentira, não oferecemos ministérios a ninguém, isso é marola — disse.
Guerra também negou que o partido tenha cogitado trocar o vice de Serra, o deputado do DEM, Indio da Costa.
— Isso não é legal, não é sensato. Isso não foi pensado — reforçou.
O senador admitiu que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pode participar mais ativamente da campanha de Serra, possivelmente com presença no horário eleitoral. Segundo Guerra, a atuação de FH está sendo discutida pela campanha.
— Se ele vai estar ou não é uma questão estratégica que seguramente vai ser resolvida — argumentou.
Em uma crítica direta ao "patrocínio" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à candidata do PT, Dilma Rousseff, Guerra alegou que o ex-presidente não é cabo eleitoral:
— Fernando Henrique é um chefe de Estado e não um cabo eleitoral. Ao contrário de Dilma, Fernando Henrique não precisa ser o pai de Serra nem patrociná-lo.
Otimista com o segundo turno, o senador avalia que o ambiente de campanha presidencial mudou e que o partido precisa se adequar a ele. A estratégia a partir de amanhã, no retorno do horário eleitoral, será investir na comparação.
— No segundo turno, a comparação vai valer, as ideias vão se mostrar. No segundo turno, a comparação ganha qualidade — afirmou.
Além de focar em propostas, os tucanos querem destacar as diferenças entre Dilma e Serra.
— A gente tem certeza de que nossa adversária não vai ter condições de sustentar essa discussão — disse.
Exposição "mais clara"
Guerra afirmou que a propaganda tucana no rádio e na TV "vai evoluir", se ajustará aos dez minutos de exposição e será "mais clara" na apresentação das propostas. Na coordenação da campanha, a ideia é ampliar as discussões entre os aliados e "conversar com todos".
Ao ser questionado se o partido pretende falar sobre a questão do aborto ou se tentará uma aproximação com o eleitor evangélico, Guerra desconversou e disse apenas que os evangélicos podem "correr" para Serra.
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