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Depois de conquistar a Copa Libertadores pelo Inter e voltar a defender a seleção argentina, o meia colorado D'Alessandro virou celebridade no país. O jornal argentino Olé publica nesta quinta uma longa entrevista com o jogador, na qual ele afirma que não foi apenas a conquista continental que o levou de volta ao time alviceleste. Além disso, ele diz "não entender" porque a convocação demorou tanto tempo.

– Nunca vou dizer "sim, merecia estar (na seleção)". Nunca, jamais. Mas eu sei de tudo o que trabalhei, o que me custou me adaptar ao Brasil, sendo um meia argentino no Brasil. Assim, é óbvio que desfrutei desta convocação mais do que nunca. Não voltei à seleção só por ser campeão da Libertadores. Voltei por muitas coisas mais – diz o jogador.

D'Alessandro não esconde a alegria pela nova oportunidade. Mais que isso, ele deixa claro o sentimento de que esperava ter recebido uma chance de defender seu país mais cedo, talvez para disputar a Copa do Mundo na Alemanha. Para ele, o futebol brasileiro deveria ter ma repercussão maior na Argentina.

– Não me entrava na cabeça que eu estava tão perto da Argentina e ninguém sabia como eu estava – confessa. – Me assombra muito que o futebol brasileiro não chegue à Argentina. E, quando chega, uma vez ou outra, chega distorcido – acrescenta.

Perdemos a 10

D'Alessandro elogia o estilo de futebol brasileiro. Ele lamenta que na Argentina não se dê a mesma importância à posição do meia de ligação como acontece no Brasil. Para o jogador do Inter, o medo de perder os jogos torna as equipes de seu país mais defensivas, perdendo a figura do camisa 10.

– Me assombra termos perdido o 10 – diz o jogador. – O normal seria como se faz no Brasil, que tem jogadores talentosos como os nossos, mas eles cuidam deles, os respeitam – acrescenta.

Sonhando com 2014

D'Alessandro quer jogar a Copa de 2014. Questionado se a vontade de disputar o Mundial o motivou a dizer que "não está no lugar errado" pouco antes da final da Libertadores, fazendo alusão à sede do próximo Mundial, o meia sorriu e respondeu afirmativamente:

– Tranquilo...

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