Polícia | 02/07/2010 22h14min
O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigação, disse que o goleiro Bruno poderá ser convocado em breve para prestar depoimento sobre o sumiço de Eliza Samudio, 25 anos.
— Este momento está próximo — disse o delegado.
O goleiro do Flamengo é o principal suspeito no inquérito que apura o desaparecimento de Eliza, com quem teria um filho de quatro meses, fruto de uma relação extraconjugal. Bruno nega envolvimento no caso.
A polícia trabalha com a hipótese de que a jovem tenha sido assassinada, mas ainda busca provas do suposto crime. Ontem, o advogado Jader Marques, que representa o arquiteto Carlos Samudio, pai de Eliza, disse que a investigação não deve descartar a hipótese de crime premeditado.
— Um dos caminhos que pode ser levantado é esse (de crime premeditado). Como já era uma situação esperada por ele (Bruno) e planejada, o fato de não encontrar o cadáver pode ser parte do plano em geral — afirmou Marques, que tem escritório em Porto Alegre e amanhã deverá embarcar para Belo Horizonte para tomar ciência dos depoimentos colhidos até o momento. Cerca de 25 pessoas já foram ouvidas.
O pai de Eliza, por meio do advogado, oferece uma recompensa de R$ 5 mil a quem apresentar informações que contribuam com a investigação. O próprio Marques, porém, não tem certeza da eficácia da medida.
— A gente tem de tentar movimentar a turma aí. Dizem que tem gente aí capaz de dar essa ajuda e não está querendo se meter.
Desde a divulgação do caso na mídia, pelo menos 42 ligações consideradas relevantes foram recebidas pelo serviço disque-denúncia (telefone 181) da polícia mineira.
Os delegados responsáveis pelo inquérito tentam preservar as investigações, mantendo informações sob sigilo. As ligações feitas por Eliza no período investigado, entre os dias 4 e 10 de junho, estão sendo mapeadas e confrontadas com depoimentos prestados pelos suspeitos e testemunhas. A Justiça mantém sob segredo informações sobre o pedido de quebra de sigilo telefônico em relação a Bruno e outros suspeitos. Entre os investigados está um suposto traficante de Ribeirão das Neves, na região metropolitana da capital mineira. Conforme versão de uma testemunha, ele teria recebido R$ 70 mil para desaparecer com o corpo da jovem.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil desmentiu ontem a informação de que o administrador do sítio do goleiro do Flamengo tenha confirmado a presença de Eliza na propriedade do jogador, localizada no condomínio Turmalina, em Esmeraldas, também na região metropolitana de Belo Horizonte.
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