| 10/06/2010 17h19min
A delegação do governo da Dinamarca não está na África do Sul a passeio para Copa do Mundo. O Ministério de Relações Exteriores dinamarquês segue no país, nesta quinta-feira, para vigiar se o governo local está violando os Direitos Humanos.
O caso havia sido previamente denunciado pela Anistia Internacional, no último sábado. As informações são do site dinamarquês Ekstrabladet.
Segundo a ministra Lene Espersen, a Dinamarca está ciente das críticas feitas pela Anistia à África do Sul e acompanha de perto a situação.
– O respeito pelos Direitos Humanos é uma característica central das leis sulafricanas, por conta de seus antecedentes históricos. Assumo que esta questão é crucial para que o governo do país cumpra seus compromissos, inclusive em relação à organização de grande eventos internacionais, como a Copa do Mundo – afirma a autoridade do Ministério das Relações Exteriores dinamarquês.
O comentário é feito após a Anistia Internacional denunciar que a polícia da África do Sul começou a bater em vendedores de rua, sem-tetos e refugiados que residem próximo as áreas onde acontecem eventos do Mundial.
– A repressão inclui incursões da polícia, detenções arbitrárias, maus tratos e extorsão, bem como a destruição de moradias informais – afirma a Anistia. Ainda de acordo com a entidade, as pessoas que estão detidas correm o risco de pagar multa de quase R$ 15 mil e de ficarem presas por até seis meses.
– Nós, incluindo a embaixada da Dinamarca em Pretória, vamos observar a sequência da situação, incluindo a reação do governo da África do Sul às críticas. Eu, então, examinarei se há a necessidade de fazer mais – conclui Lene Espersen.
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