| 04/06/2010 08h19min
Grande incógnita da Seleção Brasileira, Kaká voltou a garantir que estará totalmente recuperado para a estreia, contra a Coreia do Norte. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, o meia disse que o amistoso contra o Zimbábue foi muito importante para que ele pudesse se movimentar e ganhar ritmo de jogo, apesar de não ter sido "o melhor jogo da sua carreira". E falou sobre seu trabalho às vésperas do Mundial:
— Vou estar bem até o dia 15. Cada dia tenho melhorado mais. É uma dor que me limitava bastante, mas a cada treino vou me soltando. Tenho feito o possível, podem ter certeza. Tem dia que eu treino até três períodos, manhã, tarde e noite, pois sei quão importante é a preparação para uma Copa do Mundo.
Após uma temporada em que jogou pouco e recebeu muitas críticas no Real Madrid, Kaká diz que está acostumado a superar maus momentos:
— Foi um ano em que as coisas foram muito intensas, tomaram uma proporção muito grande. Mas passei dificuldade em vários momentos da carreira: na saída do São Paulo, na perda da Liga dos Campeões 2005 com o Milan, na Copa de 2006 com a Seleção. Este ano foi mais intenso, mas consegui passar por tudo isso e estar aqui ainda, então acho que vai ser sempre assim na minha carreira. (...) Estou pronto para ser um dos líderes desta Seleção.
Kaká comentou a empolgação dos sul-africanos no treino aberto em Soweto:
— Foi muito legal ver todo esse carinho, bater bola com aqueles meninos. Isso realmente é um grande fator de motivação.
"Bola do Kaká, não"
Não poderia faltar na coletiva o assunto Jabulani. Kaká, patrocinado pela empresa que fabricou a bola da Copa do Mundo, voltou a defender o produto:
— Desde que eu me conheço como jogador, escuto reclamação de bola em toda competição. A Copa tem uma proporção muito grande, então se cria uma polêmica muito grande, principalmente na primeira semana. Agora os jogadores já estão se adaptando. Já vejo o Luís Fabiano beijando a bola, o Júlio César abraçando a bola nos treinos...
Questionado por outro repórter se os demais jogadores brincam com ele sobre a "bola do Kaká", respondeu:
— Bola do Kaká, não, bola da Adidas. É uma bola nova, e tudo que é novo causa impressões diferentes. Isso depende de cada jogador, acho que o Michel (Bastos) não tem nada a reclamar da bola, pelo gol que ele fez.
No fim da entrevista, Kaká até beijou uma bola entregue a ele pelo representante de um programa humorístico.
• Matéria: Kaká alfineta jornalista argentino
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