Esportes | 31/05/2010 08h53min
Para tornar real o sonho de Luiz Felipe Scolari de vermelho e branco na casamata da frente das sociais do Beira-Rio na Libertadores, o Inter trabalhará em duas frentes. A primeira é um plano de marketing para arrumar 20 mil novos sócios, cuja mensalidade a R$ 35 cobriria o salário de R$ 700 mil do técnico. A segunda é vender ao menos um jogador na janela de transferências para a Europa, que pode ser D’Alessandro ou Edu (de preferência este), fazendo caixa para a nova e gorda despesa.
É só o que se fala no Rio Grande do Sul. Diante da possibilidade de trazer Felipão, a vitória de 4 a 1 sobre o Atlético-PR, ontem, no Beira-Rio, virou questão secundária. Uma enquete realizada pela Rádio Gaúcha no estádio com 40 torcedores apresentou resultado demolidor em favor do comandante do Penta: 38 votos. Sobraram apenas duas lembranças para Abel Braga, campeão da América e do Mundo com o Inter em 2006. O passado no Grêmio parece não ter importância alguma para os colorados. Ao contrário: dá mais vontade de tê-lo treinando o seu time.
— Não vou falar sobre nomes de técnicos. Vocês me desculpem, mas é melhor não — avisou o vice de futebol Fernando Carvalho.
Mesmo sem falar no substituto de Jorge Fossati, demitido oficialmente na sexta-feira, as declarações dos dirigentes incendiaram a possibilidade de Felipão treinar o Inter. No meio da tarde, Acaz Fellegger, assessor de imprensa do ex-treinador da Seleção Brasileira, jurou que o seu chefe não havia recebido proposta alguma de Porto Alegre. Tudo se decidiria somente após a Copa, já que o desempregado Felipão será comentarista de uma emissora de TV sul-africana.
Fim do sonho? Só até Carvalho falar sobre a necessidade ou não de contratar com rapidez, em tempo de trabalhar na intertemporada que será realizada em Costão do Santinho (SC), durante o Mundial.
— Não precisa vir agora. Este período será mais de treinos físicos. Não temos pressa — afirmou Carvalho, lembrando que a Copa termina no dia 11 de julho e o primeiro jogo com o São Paulo é só no dia 28.
Nem o fato de um nome como Felipão ser caro assusta o dirigente.
— Ser caro ou não é relativo. Se tu tens condição financeira e o profissional em questão é muito bom, não é caro — disse o vice de futebol, sem mencionar o nome de Felipão, mas ateando lenha na fogueira que se instalou sobre esta alternativa.
É isso: plano de sócios e venda de um jogador na janela de agosto. O Inter sonha alto para ser bi da América. Quer Felipão de vermelho e branco.
Amigo gremista está apavorado
Amigos do técnico Felipão temem que o treinador se acerte com o Inter. É o caso do conselheiro Ben Hur Marchiori, cujo relacionamento com Scolari permitia que ele participasse até de palestras antes dos jogos.
Marchiori acredita que os benefícios financeiros da transferência para o Inter farão com que o treinador encare o desafio de trabalhar no rival.
– Como eu vou secar? Chega o Tinga, que é meu afilhado. A Olga (mulher do treinador) não faria isso com a gente – apavora-se.
Cunhado acha acerto difícil
Cunhado e representante de Luiz Felipe Scolari nos negócios do técnico no Brasil, o engenheiro Marco Pasinato acha difícil o acerto. Acredita que ele irá analisar, primeiro, a oferta do Palmeiras.
Segundo Pasinato, Scolari deve viajar nesta segunda-feira do Uzbequistão, onde trabalhou no Bunyodkor, para Portugal. Pretende passar os próximos dias com o filho Leonardo, o único que não havia acompanhado a família ao Uzbequistão.
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