Vinte e cinco anos depois, São Januário já vive a expectativa de receber uma geração de promessas que vai dar o que falar. O brilho em campo ainda não é o ideal, mas os nomes que Romarinho e Rodrigo Dinamite carregam, sobretudo após a assinatura do primeiro contrato profissional, em março, trazem o peso da dúvida: até onde poderão chegar? Ao menos na trajetória, no DNA do futebol e no exemplo de casa, a dupla tem tudo para evoluir e dar alegrias à torcida em breve. Diferentemente dos pais, são amigos próximos. E a semelhança física impressiona.

Nas quatro linhas, Romarinho, de 16 anos e ainda no juvenil, guarda o estilo do Baixinho, goleador, embora já tenha deixado para trás o pai em relação à altura. Já Dinamite, 13 meses mais velho, que ostenta o apelido gravado em uma tatuagem, tem predileção por arriscar a gol (marca registrada do atual presidente do Vasco), ainda sem tanto sucesso, porém.

As dificuldades do processo, por outro lado, não abalam os dois. E nem mesmo as pressões crescentes.

– Ter sido contratado pelo clube é legal, mas tranquilo. Esquecemos isso na hora de jogar. Não é por causa disso que vou correr mais. Aqui, todos precisam mostrar muito empenho. Mas é claro que há peso e responsabilidade maiores – colocou Rodrigo, em discurso de gente grande.

Sem deixar o “peixe” em paz, com o qual dividiu treinos de 2007 a 2009, Romarinho garantiu que possui uma característica distinta do pai:

– Nunca faltei a treino, até porque não tenho mais nada para fazer (risos). É bom vir jogar bola. Meu pai tinha um estilo, mas gosto de treinar.

Inspirados em nomes como Cristiano Ronaldo, Messi e Ronaldinho Gaúcho, os dois afinaram o discurso para rebater comparações diretas:

– O futebol mudou muito. Escutamos falar que o físico é mais do que 50% do jogo – ensinou Dinamitezinho.