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Esportes  | 30/03/2010 07h42min

Leandro, do Grêmio, se torna o conselheiro de Walter

Atacante do Inter frequenta a casa do jogador do Grêmio

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

Walter amadureceu. De garoto-problema, em 32 dias passou a solução mágica do Inter para a decisão contra o Cerro, amanhã, pela Libertadores, o jogo que decidirá a vida de Jorge Fossati no Beira-Rio. Agora, Walter é outro. E o mais espetacular: tem recebido a ajuda de Leandro, o atacante do Grêmio.

Atendendo a um pedido de seu empresário, Téo Constantin, Leandro passou a ser uma espécie de conselheiro do atacante de 20 anos em Porto Alegre. Apesar de se conhecerem há pouco tempo, já são grandes amigos.

Não têm idade para serem pai e filho, Leandro tem 29 anos, mas se transformou num irmão mais velho para Walter. Almoçam e jantam juntos mais de uma vez por semana. Até mesmo na casa de Leandro, como uma família.

— Walter é um menino nota mil. Meus filhos, Leandrinho e Bianca, e minha mulher, Tauana, adoram ele. Já é de casa — conta Leandro.

O auxílio a Walter faz parte de um plano maior traçado por Constantin, em conjunto com Juan Figer, dono de metade dos direitos econômicos do atacante. O empresário paulista, que passou uma semana em Porto Alegre durante a crise de Walter, pagou pequenas dívidas do jogador e de seus familiares, em Recife, além de montar um planejamento financeiro para o pernambucano.

Walter recebe pouco menos de R$ 10 mil. A partir de agora, mandará pelo menos metade do salário para a mãe, Edith, que mora em Recife. Ela vive com mais seis pessoas, todas mantidas por Walter, em um apartamento de dois quartos, na praia de Boa Viagem. O imóvel foi adquirido por R$ 95 mil quando Walter renovou contrato com o Inter, há dois anos.

— Precisávamos salvar o homem Walter. Por isso pedi ajuda ao Leandro, que já passou por muita coisa na carreira. Sumir do Inter não foi certo, é claro. Mas, hoje, Walter é muito mais respeitado no vestiário, não é mais tratado como "o juvenil" — conta Constantin.

No começo da carreira, no Botafogo (SP) e, depois, no Corinthians, Leandro teve dificuldades. Foi auxiliado por Capitão e Luizão (ambos ex-Grêmio). Por isso, tomou como uma missão humanitária o pedido para ajudar Walter:

— Fiquei muito feliz ao vê-lo jogando bem em Caxias do Sul. Ele só precisa de uma sequência para estourar. A confiança já foi recuperada. É jogador para a Seleção de 2014. As boas lições que tiramos na vida só servem se pudermos repassá-las a quem necessita. É isso que tenho feito com o que aprendi.

Embora o Inter não admita, Walter estava sendo preparado para enfrentar a decisão contra o Cerro. Retornou do time B 10 dias atrás. Foi chamado para uma conversa olho no olho com Fossati e com Fernando Carvalho.

Ouviu de ambos que havia errado, mas, homem de personalidade forte, também disse ao técnico e ao dirigente que merecia melhores chances. Amanhã, o guri de salário baixo será titular, ao lado de Alecsandro, deixando no banco medalhões como Edu e Kléber Pereira.

— Estou 100% pronto. Vamos jogar pelo grupo, pelo presidente e pelo treinador — declarou um confiante Walter.

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