Se dependesse da experiência do técnico Tite como profissional de futebol, o jogo não teria sido realizado neste domingo, após uma incessante chuva que deixou o gramado encharcado e com várias poças d'água, o que poderia trazer riscos para a integridade física dos atletas de Inter e Flamengo:

– Vou falar sobre isso não como técnico do Inter, mas como ser humano, professor de educação física e ex-atleta. Foi um crime o que aconteceu hoje. Ainda bem que as duas equipes foram de uma lealdade extraordinária. É um crime Flamengo e Inter jogarem nessas circunstâncias. Um atleta que erre o tempo de bola arrebenta o outro no meio. Que prejuízo teríamos num Eller, Alecsandro ou Taison arrebentado? Ou um Adriano, Petkovic? Estou falando à margem do resultado. Era preciso bom senso, hoje estava impraticável. Precisava de uma bola parada ou um erro defensivo e fazer o gol. Quem fizesse primeiro ganharia.

Tite também falou sobre os protestos que teve de enfrentar ao longo do dia. Primeiro no hotel da concentração, onde uma faixa escrita "Blablabla" foi aberta por três torcedores, depois no estádio e as vaias nas substituições.

– Eu tenho respeito pelo torcedor, por aquele que aplaude, o que comprende e o que vaia. A grandeza do meu trabalho e pessoal sempre permite o respeito. Entendo tudo isso. Como ser humano eu sinto.

O treinador ainda explicou na entrevista coletiva a opção por Maycon no time titular:

– É um volante de maior virtude de marcação para a primeira função, que poderia liberar Sandro e Guiñazu para ações ofensivas, evitando de entrar num esquema com três zagueiros.