As escolas municipais de Porto Alegre adiaram o reinício das aulas por causa da gripe A, mas alguns alunos compareceram aos estabelecimentos nesta segunda-feira, data em que voltariam a estudar. Na Escola Municipal de Ensino Básico Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha, no bairro Sarandi (Zona Norte), 20 estudantes apareceram, pensando que teriam aula. Cartazes foram afixados na entrada da escola para informar sobre o adiamento, de acordo com a diretora Cleusa Leppa.

— Nos cartazes tem a informação de que a previsão de volta às aulas é para o dia 17 — disse a diretora.

Funcionários faziam hoje a assepsia das salas vazias da Liberato Salzano utilizando álcool gel, produto indicado para limpeza e eliminação do vírus da gripe A. Enquanto isso, os estudantes passam mais uma semana em casa. Os filhos de Rejane Dutra, 30 anos, os gêmeos Gabriel e Mateus, de sete anos, estão aflitos para voltar a estudar. Ela esteve na escola pela manhã para confirmar se estaria aberta. Rejane afirmou que entende a decisão pelo adiamento.

— Isso evita os problemas por causa da gripe.

A Escola Municipal José Loureiro da Silva, no bairro Cristal (Zona Sul) também recebeu alunos hoje. Um grupo de quatro alunas e cerca de 10 pais foram ao local para confirmar que o estabelecimento ficará fechado esta semana e também para obter informações sobre a gripe A. A diretora Célia Trevisan afirmou que os servidores estão distribuindo material informativo sobre a doença aos interessados.

— Alguns pais vieram para saber se haveria alguma reunião e pediram informações sobre a situação. Estamos atendendo-os diariamente das 9h às 16h.

Auxiliar de secretaria da Loureiro da Silva, Deborah Ely, 45, não quer dar chance à gripe. As aulas nem começaram, mas desde a última quinta-feira ela só trabalha de luvas e máscara e carrega na bolsa um recipiente com álcool gel. Hoje, ela preparava folhetos com textos sobre a diferença entre a gripe comum e a do tipo A.

— Vou continuar usando porque já tive quatro gripes este ano. Foi meu médico que recomendou — explicou.

A diarista Liliana Cardoso Duque, 40, relatou que seus filhos, de 14 e 15 anos, estão preocupados com a recuperação das aulas. Ela foi ao estabelecimento porque imaginou que as escolas municipais não retardariam o começo do segundo semestre letivo.

— Eu soube pelo rádio, mas achei que as municipais não iam adiar. Hoje me informaram que as aulas recomeçam no dia 17.

A Secretaria Municipal da Educação (Smed) faz supervisão nas escolas fechadas durante o dia de hoje. De acordo com a assessora pedagógica Daniela Coletti, poucas famílias e alunos procuraram os estabelecimentos pela manhã. Participam da verificação 55 servidores.

— As pessoas entenderam perfeitamente que o fechamento é por prevenção — salientou Daniela.