Cria de Paulo Autuori, Alex Mineiro aposta na coincidência para superar a má fase. Há 12 anos, no Mineirão, ele foi decisivo para que o Cruzeiro eliminasse o Grêmio da Libertadores. Hoje à noite, no mesmo palco, ele muda de lado – com um detalhe: não marca desde 1º de março. São 125 dias sem gol.

Reserva de Marcelo Ramos naquele Cruzeiro de Paulo Autuori, Alex Mineiro ganhou chance no primeiro jogo das quartas de final de 1997, em Belo Horizonte. Descoberto no América-MG, era, aos 22 anos, uma aposta ousada de Autuori. Aos 28 minutos do primeiro tempo, aproveitou falha de Danrlei e marcou o segundo gol do Cruzeiro. A vaga nas semifinais foi alcançada no jogo no Olímpico (apesar da vitoria do Grêmio por 2 a 1).

Pela primeira vez, o centroavante deixou de lado o tom conciliador das entrevistas. Apesar da falta de gols, fez uma veemente defesa da própria escalação.

– Mereço permanecer no time pela minha qualidade, pela determinação. Para mim, o mais importante é o treinador ver a minha dedicação. O resto não importa – disse.

Autuori desconhece razões para desfazer a dupla Alex-Maxi, apesar da boa atuação de Herrera contra o Goiás. Fala em alternativas:

– Alex tem histórico. Não é importante só pelos gols, mas pela forma como se entrega em campo.

Contra o Cruzeiro, o técnico nega uma postura excessivamente defensiva. Garante que o Grêmio não entrará em campo “deliberadamente para empatar”.