Geral | 22/06/2009 19h16min
Um caminhoneiro gaúcho que voltou da Argentina no final de semana foi internado em estado grave com sintomas da gripe A. O rapaz baixou a UTI da Fundação Hospitalar Santa Terezinha, de Erechim, no domingo, e foi transferido nesta segunda para o Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo.
O rapaz, de 29 anos, chegou na sexta-feira em Erechim, onde mora, depois de ter ficado 17 dias na Argentina, a trabalho. No sábado, ele procurou o serviço de saúde, quando foi coletado material para exames. O jovem apresentava sinais de gripe e tinha febre alta. No domingo, sua situação piorou. Ele está com dificuldades para respirar e usa máscara de oxigênio.
— O paciente estava bem. Depois evoluiu para um caso de infecção mais complicada— conta o responsável pelo Núcleo Regional de Vigilância em Saúde, da 11a Coordenadoria Regional, Marcos Aurélio Moretto.
O resultado dos exames devem ser conhecidos na quarta-feira. Segundo Moretto, no material coletado, serão
feitos exames para se verificar
outras doenças, como a leptospirose. O caminhoneiro fez o caminho de volta para a sua cidade já se sentindo mal. Os primeiros sintomas surgiram no dia 15.
De acordo com o diretor técnico da Fundação Hospitalar Santa Terezinha, Leonel Lanius, o paciente apresenta o quadro clínico da gripe A. Está com uma pneumonia muito forte, que pode ter sido causada pelo vírus da nova gripe ou da comum. A transferência para Passo Fundo se deve ao fato de o hospital da cidade ser referência na região norte para receber pessoas que possam estar com a doença.
Se não estivesse mal, o caminhoneiro seguiria viagem para São Paulo. A um colega que esteve com ele no veículo, foi recomendado isolamento domiciliar. Nos contatos que teve com a rapaz no hospital, a família usou máscara e é orientada a lavar as mãos e as roupas após as visitas. Hoje, a irmã e a esposa o viram através de um vidro.
— Ele chegou da viagem com febre alta, dor nas pernas e uma tosse grossa. No
domingo à noite, no hospital, ele se
queixou que sentia bastante fraqueza e dor no peito. Hoje, pelo vidro, fizemos sinal positivo para ele, e ele fez sinal que não, de negativo. Estamos angustiadas— conta a irmã, que pediu para que o nome do caminhoneiro não fosse divulgado.
O rapaz trabalha com o transporte de carga há cerca de oito anos. Em muitos dos seus percursos, ele passa por Buenos Aires.
Em gráfico, saiba mais sobre a doença:
Veja como a doença se alastrou pelo mundo:
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