A Seleção Brasileira foi a equipe que menos correu na primeira rodada da Copa das Confederações, pela qual venceu o Egito por 4 a 3, de acordo com estatísticas da Fifa. Para o técnico Dunga, o dado comprova que o grupo nacional sofre com desgaste. Em entrevista coletiva na manhã desta quarta, o treinador disse que os atletas terão de esquecer o problema e buscar uma vitória sobre os Estados Unidos às 11h (horário de Brasília) desta quinta em Pretória.

– No futebol, o ideal é a bola correr porque ela não cansa – brincou o treinador. – É um sinal do que estávamos falando. Isto comprova nosso desgaste. Mas, deixando o desgaste, na próxima partida, teremos de tirar energia para mantermos o pique dos adversários – disse o treinador.

Dunga aguarda o resultado dos exames realizados pelos jogadores para ver quem tem condições de ir a campo nesta quinta. Os jogadores realizaram vários testes específicos, para não haver a necessidade de um novo exame de sangue.

– Vamos ver quem não teve desgaste muito grande ou que se recuperou. Às vezes uns se recuperam mais que outros – disse o treinador.

Em 2005, 60% dos jogadores que defenderam o Brasil na Copa das Confederações foram para a Copa do Mundo do ano seguinte. Dunga não pensa em repetir este número, mas admite que é o mínimo que precisa para definir a equipe antes de um Mundial.

– Este número não passou por minha cabeça e não me interessa. O importante é manter o grupo – disse o treinador. – O número é mais do que razoável, até porque depois de três anos, se você não tem 60%, não fez nada – acrescentou.

Dunga avaliou o que deu de errado na vitória apertada por 4 a 3 sobre o Egito. Para ele, a Seleção deveria ter cadenciado o jogo quando preferiu pressionar o adversário.

– Nos desgastamos ao tentarmos pressionar a todo o momento quando devíamos ter preenchido os espaços – declarou.