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 | 13/06/2009 05h25min

Pelas Ruas: pianista farmacêutico chama atenção no bairro São Geraldo

Estevão de Oliveira conquista clientela com música instrumental durante o atendimento

A farmácia do pianista. Assim é conhecida a Musifarma, farmácia de manipulação de Estevão de Oliveira no bairro São Geraldo, zona norte de Porto Alegre. Não apenas pelo fato de o senhor de 57 anos ser bacharel em Música, maestro e tocar o instrumento, mas porque, entre as prateleiras de remédios, há um piano e, durante boas horas do dia, Oliveira toca os mais variados repertórios para a clientela.

Assista à entrevista e veja imagens do músico-farmacêutico em ação:

Após trabalhar durante mais de 20 anos como funcionário público, Estevão foi demitido e, com o dinheiro da rescisão, decidiu abrir uma microempresa. Apostou no ramo farmacêutico, uma vez que tinha terminado a faculdade de Farmácia na UFRGS, em 1974. Como tocava piano desde os seis anos e tinha apreço pela música, decidiu ligar os dois ramos por que é apaixonado.

— Eu queria um diferencial. Minha mulher sugeriu o nome Musifarma. Mas eu ainda queria mais. Decidi, então, colocar o piano aqui. O marketing deu certo — brinca o farmacêutico.

— No início, lá em 1996, os clientes entravam e perguntavam se era para vender (o piano). Mas eu digo que não, que é para tocar. Eu toco e eles ficam maravilhados — completa.

Zuleica Lopes Brasil, 42, é moradora do bairro há 12 anos. Logo que se mudou, os vizinhos lhe indicaram a Musifarma. Não pelo nome do estabelecimento, mas pela "farmácia do piano". Muitas vezes, dona Zuleica não precisa de remédios, mas passa em frente ao local apenas para ouvir o músico.

— Eu fico ouvindo a música. Ela toca meu coração — emociona-se a senhora.

O farmacêutico não toca o dia inteiro. A combinação de Oliveira com os dois funcionários é: se o cliente pedir, tem de tocar. Se não, música apenas "na hora do recreio". Nos outros momentos, a manipulação dos remédios é prioridade. Anos atrás, chegou a fazer uma apresentação para o bairro. Como o público é formado basicamente por idosos, juntou de 20 a 30 pessoas em um breve recital.

— Não durou mais que meia hora. Mas eu procuro interagir com a clientela de uma maneira global, algo bem humano. Tento entrar na vida das pessoas. A música é a ferramenta ideal. Elas saem daqui felizes — finaliza Oliveira .

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