| 11/06/2009 19h09min
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, advertiu nesta quinta-feira contra o alarme excessivo que a declaração da pandemia da nova gripe (AH1N1) pode causar e ressaltou a necessidade de respeitar os direitos humanos e evitar a discriminação dos infectados.
— O alerta se elevou, mas é só uma declaração sobre a propagação geográfica da doença. Não é causa de alarme — afirmou hoje Ki-moon durante sua entrevista coletiva mensal nas Nações Unidas.
Em Genebra, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma pandemia pelo surto do vírus causador da gripe, declarado no final de abril e que infectou quase 30 mil pessoas em 74 países, causando a morte de 141 pessoas.
— Embora infeccioso, este novo vírus não parece, até o momento, ser tão severo como se temia e as taxas de mortalidade são baixas — indicou o secretário-geral, que afirmou também que embora o vírus por enquanto tenha afetado países mais desenvolvidos, a tendência poderia mudar e infecções
passarem a acontecer nos países com
sistemas sanitários menos desenvolvidos.
O secretário-geral da ONU advertiu, além disso, que a estação da gripe normal já está começando no hemisfério sul do planeta e que por isso, os países têm que estar preparados com melhor acesso às vacinas, remédios antivirais e antibióticos.
— A elaboração das vacinas já começou e as primeiras doses estarão disponíveis em setembro — indicou o responsável da ONU, que apelou também para a solidariedade global.
Insistiu também que as reações diante da declaração de pandemia devem ser coordenadas e "ter uma base científica". Pediu ainda aos governos que evitem "ações precipitadas e discriminatórias como as restrições às viagens ou ao comércio".
No início de maio, logo depois que os primeiros casos da doença foram declarados, Ki-moon já tinha advertido os países contra as proibições de viajar e à imposição de restrições ao comércio de carne suína, decretados de forma injustificada por alguns
governos.
Saiba mais sobre a nova gripe:
EFE
Autoridades sanitárias de China e Hong Kong registraram nesta manhã 14 novos casos da doença
Foto:
Ym Yik, EFE
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