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 | 11/06/2009 06h10min

Obras nos estádios para a Copa de 2010 estão atrasadas

Prazo final estipulado pela Fifa se encerra em 15 de outubro

A exatamente um ano para a Copa de 2010, 90% dos estádios que receberão os jogos seguem inacabados na África do Sul. Das 10 sedes, apenas uma já foi entregue. Cinco ainda recebem melhorias e quatro estão em construção. O prazo estipulado pela Fifa se encerra em 15 de outubro. Até lá, tudo tem de estar pronto para o Mundial, que ocorrerá entre 11 de junho e 11 de julho do próximo ano.

Um dos responsáveis pela remodelação do Beira-Rio, o Cícero Santini esteve por 14 dias visitando as obras sul-africanas. A intenção de buscar algo que pudesse ser usado no projeto do estádio colorado, contudo, foi frustrada.

– Nosso objetivo era conferir o que foi feito nos locais e saber o que poderia ser aplicado aqui no Beira-Rio. Só que tudo está atrasado. No período que visitamos, as obras estavam paradas por causa das eleições. Aparentemente, eles têm o controle da situação, mas não foi o que vimos – diz.

O primeiro estádio construído exclusivamente para a próxima Copa foi o Nelson Mandela Bay, em Porth Elizabeth. Com capacidade para 48 mil torcedores, o local receberá oito partidas, sendo uma delas a disputa pelo terceiro lugar. Inicialmente, já seria usado na Copa das Confederações, que começa neste domingo e vai até 28 de junho. A demora na construção, no entanto, fez com que os organizadores descartassem a ideia. A competição que marca a contagem regressiva de um ano para a o Mundial será realizada em apenas quatro dos 10 estádios-sede, que ainda passam por reformas, como a ampliação da capacidade: Ellis Park Stadium, Free State Stadium, Royal Bafokeng Stadium e Loftus Versfeld Stadium.

Em situação completamente oposta ao Nelson Mandela Bay está o Green Point Stadium, na Cidade do Cabo. Os arquitetos responsáveis pelo projeto afirmam que estão quase dentro do cronograma. Porém, ainda falta muito para que isso ocorra. E como os estádios são públicos, dependem totalmente de recursos financeiros do governo sul-africano.

Diariamente, mais de mil funcionários trabalham em cada projeto – gerenciados por escritórios alemães e ingleses. Em fevereiro deste ano, cerca de 400 trabalhadores envolvidos na construção do Mbombela Stadium, em Nelspruit, entraram em greve. A parada afetou o andamento e a entrega da obra, prevista para julho. As principais reivindicações se baseavam no salário e nas gratificações. A situação foi resolvida após acordo entre o sindicato dos operários e os empreiteiros.

As chuvas e os ventos são considerados os fatores que mais prejudicam o andamento das construções. Há campos sem gramado e com a base de concreto inacabada. O atraso se torna preocupante na medida em que diminui o tempo hábil para a correção de eventuais problemas. Segundo Santini, ainda há outros problemas, como a questão urbanística do país.

– Eles estão preocupados em finalizar os locais dos jogos e deixaram de lado o espaço exterior. É possível deparar com ruas sem asfalto, com mato e sem transporte público apropriado. E esta parte pode prejudicar todo o projeto da Copa – finaliza.

As 10 cidades-sedes e os respectivos estádios:
Green Point Stadium, em Bloemfontein
Durban Stadium, em Durban
Ellis Park Stadium e Free State Stadium, em Johannesburgo
Soccer City Stadium, em Cidade do Cabo
Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth
Mbombela Stadium, em Nelspruit
Peter Mokaba Stadium, em Polokwane
Royal Bafokeng Stadium, em Rustenburg
Loftus Versfeld Stadium, em Pretória.

 
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