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 | 27/05/2009 12h01min

Ironman marca a estreia de israelenses no Brasil

Prova internacional atrai estrangeiros, entre eles Erez e Ori

Luciano Smanioto  |  luciano.smanioto@diario.com.br

Entre os atletas estrangeiros que já estão em Florianópolis “reconhecendo o terreno” do Ironman Brasil 2009, dois estreantes que vieram de muito longe se preparam para fazer bonito. Um deles tem um motivo especial: o israelense Ori Gur Ari, de 28 anos, estará competindo na terra natal da mãe.

Aos 12 anos, membro de uma família judia, Brenda deixou São Paulo rumo a Israel. Lá, na capital Tel Aviv, nasceu Ori. Vendo a mãe falar português com o avô, Ori aprendeu algumas palavras e se comunica bem no Brasil. Já esteve aqui outras duas vezes e ajuda o amigo israelense Erez Falk, 27 anos, na hora de se comunicar. Os dois chegaram no sábado.

— Adorei a cidade, especialmente pelas praias, não temos praias bonitas assim em Israel. As pessoas são muito bacanas, a comida é ótima, apesar de ser difícil para mim me comunicar sem saber o português — disse o israelense, marinheiro de primeira viagem também no Ironman.

Os dois vão disputar uma prova da modalidade pela primeira vez. A maioria dos triatletas israelenses opta por competir na Europa. Por que a dupla escolheu o Brasil? Pela aventura, pela óbvia relação de Ori com o país e por influência do brasileiro Eduardo Finkelstein, que há dois anos é técnico do time júnior de triatlo de Israel. Apesar de ser a estreia, eles esperam um bom resultado.

— Como é meu primeiro Ironman, não tenho muita experiência e não sei o que pode acontecer, mas farei o meu melhor. Somos jovens e fortes e espero, pelo menos, terminar a prova em menos de 10 horas — brincou Erez.

— Conseguir a vaga no Havaí seria um sonho, mas eu quero e meu treinador acredita que é possível. É meu primeiro Ironman, não sou profissional, então eu sei que é muito difícil. Mas não quero apenas completar a prova, quero fazer um bom resultado — refletiu Ori, que terá a torcida da mãe e da prima Liron, que mora em São Paulo; as duas estarão em Florianópolis acompanhando a prova.

Em Israel, Ori precisa dividir os treinamentos (20 horas por semana) com as aulas (é estudante de administração) e o trabalho. E diz que a vida na capital, apesar dos conflitos étnicos que perturbam o país, é bastante tranquila.

— A vida em Tel Aviv é muito boa. As pessoas veem na televisão que tem problema, mas você não sente isso na sua vida. É tudo normal, como aqui — comentou o israelense.

DIÁRIO CATARINENSE
 
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