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 | 25/05/2009 10h43min

Diário do Ironman com Rodrigo Faraco: vencer é completar








Vencer é completar

Há muita coisa pra escrever, há muita coisa pra falar quando o assunto é tentar explicar o que é Ironman. É difícil ter o domínio absoluto sobre o que é essa vivência. Há diferenças entre ser um maratonista, ser um Ironman e até mesmo ser um ultramaratonista. Mas há também pontos de convergência.

Pra começar, estes atletas têm uma questão muito forte em comum. Posso afirmar, com toda certeza, que todos eles têm na essência o “ser atleta”. Ninguém reserva horas e horas do dia para treinar com disciplina e dedicação se isso não faz parte da essência dessa pessoa.

Ser atleta é um estilo de vida. Mas a missão aqui é tentar explicar o que é um “Ironman”. Pra começar, um “Ironman” é uma pessoa difícil de ser batida. Não é qualquer obstáculo que vai derrubar ou vai parar um atleta de Ironman. E isso vale pra vida e os desafios diários.

Um “Ironman” tem em mente uma palavra firme: superação. Um “Ironman” não é somente aquele que completa a prova no dia. Ele é, principalmente, aquele que acorda cedo todos os dias pra treinar, por volta das 4h, 5h da manhã, e sai pra nadar ou pedalar ou correr.

São quatro, cinco ou até oito horas diárias de treinamento. Isso é o mais difícil. Isso é ser um “Ironman”. Por isso, o conceito de vitória de um “Ironman” é diferente também do conceito de vitória que se tem normalmente.

Quando completei a Maratona de Florianópolis, em abril deste ano, as pessoas me perguntavam em que lugar eu havia ficado. Às vezes, chegava a me irritar a pergunta. Pra quem pratica um esporte de longa duração, vencer não é chegar na frente. Vencer é completar.

Imagine para um “Ironman”. Não há perdedores, só vencedores.

DIÁRIO CATARINENSE
 
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