| 06/02/2009 09h
Ovacionado pelos torcedores após a vitória do Tigre por 5 a 2 sobre a Chapecoense, o atacante Zulu bem que poderia curtir um dia seguinte de "rei" na cidade, com direito a cumprimentos e palavras de incentivo durante um passeio na praça Nereu Ramos, ou uma visita ao shopping. Mas para o jogador de 25 anos, que esbanja humildade nas entrevistas e no trato com os colegas, foi apenas mais um jogo, e os gols, frutos do trabalho.
Pela primeira vez na carreira Carlos Eduardo Alves Albina, o Zulu, marcou três gols em uma partida. Antes disso, apenas dois por jogo. E teve até gol marcado com categoria, o terceiro no jogo e o quinto do Tigre, para dissabor dos críticos que torcem o nariz para o seu futebol, nem sempre técnico, mas competitivo e solidário.
A atuação premiada por todas as emissoras de rádio não chegou a causar euforia ao jogador. Com a simplicidade franciscana, Zulu explica que precisa estar pronto para repetir o desempenho contra o Brusque no domingo:
— Cada jogo tem uma história. Esse jogo passou e no final de semana tenho que fazer mais. Se não fizer, o torcedor vai cobrar — declarou.
Serenidade e tranquilidade também são características do atacante, que não se abalou com a ausência dos holofotes no início de competição. Até então, Kempes havia chamado mais atenção, pelos três gols marcados e até por ser uma novidade na equipe. Mas Zulu acreditou que voltaria a brilhar para voltar a ser o principal goleador da equipe, assim como foi na reta final da Série B em 2008.
— Para quem trabalha, uma hora, as coisas acontecem — ensina.
Apelido vem dos tempos de Novo Hamburgo
O apelido de Rei Zulu, que o jogador carrega desde os tempos em que atuava pelo Novo Hamburgo (RS) serve apenas a título de folclore.
— Isso é coisa de vocês (da imprensa) — avisa.
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