| 04/02/2009 05h19min
No Olímpico, um sentimento percorre a casamata e se espraia pelo gramado: o primeiro clássico no ano do centenário do Gre-Nal vem com responsabilidade dobrada. Com o pouco tempo de preparação, obrigará os jogadores a se doarem ainda mais.
É quase consenso no Grêmio de que este Gre-Nal chegou cedo demais. Seriam necessárias pelo menos seis ou sete partidas na temporada antes de encarar uma partida com essa carga de tensão.
Enquanto o preparador físico Beto Ferreira lamenta a falta de melhor condicionamento — afinal, em outros tempos, a primeira semana de fevereiro seria o final da pré-temporada —, o técnico Celso Roth entende que os dois times chegarão ao clássico de Erechim "desequilibrados".
— Nenhuma das duas equipes estará em seu melhor momento. Mas o calendário não é feito por nós, não é? Assim, teremos que jogar, sem o melhor ritmo de competição — reclama Roth.
Além do Gre-Nal marcado precocemente para a sexta
rodada do Gauchão, o técnico reclama também da tabela do
Grêmio. Ela seria prejudicial por marcar, por exemplo, uma sequência de jogos contra Veranópolis, Inter e Juventude — em 10 dias.
— Mesmo com todos esses problemas, participaremos de um Gre-Nal histórico, o clássico completa cem anos de existência — observa o técnico. — Já estou me acostumando a datas marcantes, treinava o Vasco quando o Romário fez o milésimo gol.
Queixas à parte, Roth sabe da importância do clássico. Tanto é assim que mandará um time quase todo formado por reservas a Veranópolis. Os titulares serão poupados para Erechim. Entre os que foram preservados está Souza. O meia concorda que o Gre-Nal poderia ser realizado em outra oportunidade, mas vê no clássico a chance de motivar ainda mais o time para a Libertadores.
— Ganhar o Gre-Nal seria como estrear com vitória na Libertadores. Queremos demais vencer em Erechim — avisa Souza.
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