| 21/03/2003 03h04min
Imagens de satélite divulgadas ontem pelos Estados Unidos indicavam a existência de focos de incêndio em poços de petróleo iraquiano.
O secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, informou que o governo americano dispunha de indicações de que o Iraque teria colocado fogo em até quatro poços no sul do país, próximo à cidade de Basra.
A emissora de televisão Fox chegou a informar que se tratava de um ato de sabotagem do regime de Saddam Hussein. Já a rede de TV CNN confirmou o incêndio em Basra. O fogo teria começado, segundo testemunhas, depois de uma série de explosões. O ditador iraquiano afirmou que não atingiria recursos naturais do país. Mussab Al-Dujayli, diretor de vendas de petróleo no Iraque, disse que não podia comentar a existência de incêndios. Rumsfeld, por sua vez, fez um apelo à população iraquiana.
- É um crime do regime estar destruindo as riquezas do povo. Não cumpram ordens para destruir os poços de petróleo. Não cumpram ordens do último
suspiro de um regime
agonizante - disse Rumsfeld, frisando que o Pentágono protegerá os 1.685 poços iraquianos.
O secretário de Defesa acrescentou ainda que todos os que cumprirem ordens desse tipo serão %26quot;perseguidos, encontrados e punidos%26quot;. A destruição dos poços foi uma das ações tomadas pelo governo do Iraque durante a Guerra do Golfo, em 1991. Naquela época, as tropas iraquianas necessitaram de apenas alguns dias para destruir 700 poços no Kuwait, que havia sido invadido. Os bombeiros trabalharam intensamente de abril a novembro para conter as chamas. O Kuwait precisou de mais de dois anos e de investimentos de U$S 50 milhões para retomar a produção nos níveis anteriores ao conflito. Saddam também ordenou, na ocasião, o derramamento de petróleo no Golfo Pérsico.
Rumsfeld pediu aos iraquianos que fiquem longe de postos militares e sigam as orientações difundidas por rádio sobre como adquirir água, alimentos e remédios.
À noite, por volta das 23h no
Iraque (17h pelo horário de
Brasília), um incêndio era visível na região de Kirkuk, norte do país. Uma nuvem de fumaça negra cobria a área. Testemunhas acreditavam que o fogo fosse decorrente de um incêndio que começara há três semanas.
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