| 15/12/2008 11h14min
Está difícil controlar a poluição na região do Arroio Capivara e na Rua Gávea, no bairro Ipanema, zona sul de Porto Alegre. Depois da construção de galerias sob a via para evitar que a rua alagasse e levasse sujeira para o arroio — obra que custou R$ 1,5 milhão —, a água poluída por esgoto cloacal agora cai diretamente na areia da orla do Guaíba. O cheiro, segundo os moradores, é insuportável.
— Exala cheiro de podridão — considera o contabilista Gerson Beller, 46 anos.
Beller mora há 40 anos no bairro e diz que o fedor atrapalha quem passeia na praia. Outra reclamação que ele faz é sobre um braço do Arroio Capivara que passa atrás da sua residência. Ele afirma que antes iam equipes da prefeitura fazer a remoção de detritos. Agora, não fazem mais esse trabalho, segundo Beller.
O empresário Reinaldo Frota, 52, reforça as
críticas. Ele apontou estar havendo novo assoreamento
do arroio — o problema havia sido enfrentado pelo DEP em meados de novembro.
— A água (do arroio) empurra a areia e atira para dentro do Guaíba. Também a poluição do esgoto clocal (nas galerias sob a Rua Gávea) cai direto na areia e vai para o Guaíba.
O diretor de Conservação do DEP, Francisco Pinto, enviou um e-mail na manhã desta segunda-feira à diretoria do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) relatando a situação. De acordo com ele, há uma ligação irregular de esgoto cloacal nas galerias, o que está causando a poluição.
Sabendo disso, o DMAE deverá fazer testes com corantes nas residências da região para descobrir quem é o poluidor. O produto é derramado na privada e, após a descarga, é verificado se aparece na caixa de esgoto cloacal. Caso contrário, "está saindo no lugar errado", conforme Pinto.
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