| 13/12/2008 11h50min
A direção da General Motors do Brasil manteve ontem declarações de que, mesmo com a difícil situação da matriz nos Estados Unidos, a filial brasileira 'tem recursos próprios para operar normalmente suas atividades e reinvestir no país'. O presidente da empresa, Jaime Ardilla, ainda aposta que 'alguma solução será encontrada' para ajudar a companhia-mãe a enfrentar a crise atual.
A GM do Brasil tem em andamento programa de investimentos de US$ 1,5 bilhão que inclui uma fábrica de motores em Santa Catarina e o lançamento, em 2009 e 2010, de uma nova família de veículos. O grupo também espera, para 2009, a aprovação de um novo aporte de US$ 1 bilhão para ser aplicado na renovação de toda a sua linha de produtos até 2012.
Na mesma linha, o presidente da Ford do Brasil e Mercosul, Marcos de Oliveira, disse que a subsidiária tem aval da matriz para reverter seus ganhos no país em aportes locais. A Ford tem um plano de investimentos de R$ 3,4 bilhões no Brasil no período de
2007 a 2011.
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva se declarou ontem 'decepcionado ao saber que o Congresso americano não aprovou o dinheiro para a General Motors, a Ford e a Chrysler', referindo-se à recusa do Senado dos EUA em conceder ajuda às montadoras. Segundo o presidente, 'se essas empresas quebram, será um problema sério, porque haverá milhões de desempregados'.
Ele ressaltou que, aqui, essas empresas 'estão bem'. Lula acusou o governo norte-americano de colocar 'trilhões' nos bancos, enquanto 'aqui estamos colocando dinheiro na produção'. Lembrando a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os automóveis, adotada na quinta-feira, Lula fez um apelo, dirigindo-se aos jornalistas:
— Comprem o carro que vocês prometeram para suas esposas, suas namoradas e para vocês mesmos.
Lula fez as declarações em Itajaí, depois de sobrevoar áreas afetadas pelas chuvas em Santa Catarina. As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.
Entenda a crise
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