| 12/12/2008 15h23min
As medidas anunciadas nesta quinta, dia 11, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, são insuficientes para o setor exportador, disse nesta sexta, dia 12, o diretor-adjunto do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Thomaz Zamotto.
– O pacote é bem-vindo porque diminui o risco da redução da atividade industrial e, também, dos efeitos da crise. Mas demonstra claramente que a preocupação do governo está relacionada principalmente à queda do consumo interno do país, motivo da renúncia fiscal anunciada – afirmou.
Conforme o dirigente da Fiesp, o único ponto positivo das medidas, para o setor exportador, é a possibilidade de crédito para empresas que tenham dívidas em moeda estrangeira.
– É claro que, com o custo de crédito altíssimo, a oferta de empréstimos em dólares da reserva para empresas com dívidas no Exterior beneficiará exportadores e importadores, mas faltam incentivos específicos para a exportação – ponderou.
De acordo com Zamotto, as linhas de Adiantamento de Contratos de Câmbio (ACC) ainda estão muito restritas e caras.
– Nós defendemos maior agilidade para as ACCs e para a devolução de empréstimos e impostos acumulados, com atenção especial ao setor do agronegócio.
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