| 12/12/2008 13h29min
A decisão do governo brasileiro de desonerar temporariamente o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) anunciada na quinta, dia 11, pelo Ministério da Fazenda, é boa para as montadoras e também para a indústria da cana-de-açúcar. A opinião, baseada nas vendas de automóveis novos no país, é do presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Marcos Jank.
– Mesmo com a queda nas vendas de veículos novos nos últimos dois meses, a parcela de carros vendidos que é flex-fuel continua muito elevada, perto dos 90% de todos os automóveis vendidos no país. Com a decisão do governo, além de economizar no combustível e dar uma contribuição importante para o meio ambiente, os compradores de carros flex darão ainda mais sustentação à demanda por etanol no mercado interno – comentou Jank.
De acordo com o Ministério da Fazenda, os carros com motor 1.0 ficam livres do IPI de 7%, enquanto os automóveis com motor até 2.0 passam a pagar metade do imposto: 5,5% sobre carros flex e 6,5% para os movidos a gasolina. Jank destaca que além dos ganhos para proprietários de carros flex com o uso do etanol, a economia no preço do veículo novo também tem grande importância em um momento de incertezas econômicas.
Não haverá alteração nas alíquotas do IPI para automóveis com motores acima de 2.0. A medida passa a vigorar nesta sexta, dia 12, e permanece até 31 de março de 2009. O objetivo, segundo nota oficial do Ministério da Fazenda, é "preservar empregos e promover um ajuste gradual na produção e nas vendas do setor automotivo", barateando temporariamente a compra de automóveis novos.
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