| 03/12/2008 12h34min
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou hoje que a construção de novas refinarias da Petrobras não será adiada. Ele disse que a crise financeira internacional e a escassez de crédito não deverão prejudicar projetos nesse sentido.
- Não se constrói uma refinaria em um ano. Se constrói em cinco ou seis anos, e essa crise não pode durar mais que um ano - afirmou o ministro, após participar do início de um debate no Senado sobre a futura exploração de petróleo na camada pré-sal.
Questionado se o empréstimo de R$ 2 bilhões tomado pela Petrobras na Caixa Econômica Federal significaria que a estatal estaria com problemas de caixa, o ministro disse que captação como essa é feita todo ano.
- Não vejo nenhuma dificuldade nessa operação.
Lobão reafirmou que a crise não causará nenhuma alteração nas obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC):
- Nenhum centavo deixará de ser investido -
disse.
Pré-sal
Lobão afirmou
que, entre esta semana e a próxima, deverão ser concluídos os estudos sobre o marco regulatório do setor de petróleo que permitirá a exploração na camada pré-sal. Os estudos estão sendo feitos por uma comissão interministerial e, quando concluídos, serão submetidos à avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- Há uma certa demora, para podermos fazer responsavelmente esses estudos - afirmou o ministro, em conversa com jornalistas, depois de participar da abertura de um seminário sobre o pré-sal promovido pelo Senado. Lobão disse que os campos de petróleo identificados na área do pré-sal "são uma descoberta extraordinária."
Segundo o ministro, essa região do mar territorial brasileiro oferecerá ao País "um petróleo leve, fino e da melhor qualidade". Lobão ressaltou que esse petróleo não só livrará o Brasil dos custos de importação de óleo leve, mas também poderá ser exportado. Ele disse que o presidente Lula fará sua opção por novas regras depois de ouvir
vários segmentos da
sociedade brasileira.
- Não queremos fazer autoritariamente nenhuma decisão dessa magnitude, sem ouvir todas as correntes ligadas ao setor - declarou. O ministro observou que, dependendo dos termos do marco regulatório, terá de passar por uma avaliação do Congresso Nacional.
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