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 | 18/11/2008 18h48min

Obama promete dar prioridade à luta contra a mudança climática

Presidente eleito dos EUA falou em videoconferência durante um encontro na Califórnia

O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu nesta terça-feira dar prioridade à luta contra a mudança climática quando chegar à Casa Branca, enquanto sua equipe de transição continua o processo para selecionar os membros fundamentais do futuro governo. Obama prometeu hoje, em um discurso por videoconferência durante um encontro de governadores na Califórnia sobre a mudança climática, que a luta contra este fenômeno será uma das prioridades de seu governo.

Durante sua fala, de cerca de quatro minutos, Obama declarou que sua "presidência marcará um novo capítulo na liderança dos EUA sobre a mudança climática". Em uma reiteração de suas promessas durante a campanha, o presidente eleito expressou seu apoio a um sistema de limitação e negociação para reduzir as emissões de gases poluentes.

Sua meta é levar as emissões ao nível que tinham em 1990, e diminuí-las em 80% até 2050. Além disso, se propõe a investir US$ 15 bilhões anuais para promover o uso de energias limpas no setor privado.

— Prometo isto: quando for presidente, qualquer governador que quiser promover energias limpas terá um aliado na Casa Branca. Qualquer empresa que desejar investir em energias limpas terá um aliado em Washington. E qualquer país que desejar se unir à causa contra a mudança climática terá um aliado nos EUA — declarou.

Obama afirmou que "logo que assumir o cargo, podem ficar certos de que os EUA voltarão a se envolver de forma profunda nestas negociações, e ajudará a liderar o mundo a uma nova era de cooperação global sobre a mudança climática".

Cargos

A videoconferência de Obama é o único ato público desta terça-feira do presidente eleito, que permanece em sua casa em Chicago enquanto continua preparando sua equipe de governo. Até o momento, o nome que ganha mais força é o da senadora Hillary Clinton para ocupar o Departamento de Estado. Desde que surgiu o rumor na última sexta, nenhuma das partes o negou.

Segundo a imprensa americana, o grande obstáculo para a nomeação é decidir se haveria algum tipo de conflito de interesses com as atividades do ex-presidente e marido da senadora, Bill Clinton. O ex-presidente lidera atualmente uma organização que leva seu nome e que se dedica à luta contra a pobreza global, mas que também recolhe grandes doações cuja procedência Clinton se nega a revelar.

A possibilidade foi recebida com elogios por parte, inclusive, de importantes republicanos como o ex-secretário de Estado Henry Kissinger. No entanto, alguns representantes da ala mais esquerdista democrata estão insatisfeitos com a idéia de incorporar à equipe aquela que foi a grande rival do presidente eleito nas primárias.

Segundo o editor da revista American Prospect, Robert Kuttner, ao site politico.com, "sempre existe o risco de que um membro do governo vá por sua conta, e este risco se vê aumentado pelo fato de Hillary ter seu próprio público e sua própria fama, além de chegar vinculada a Bill".

O cargo de secretário de Estado não é o único que criou polêmica. O secretário do Tesouro terá na próxima Administração uma importância singular, por causa da gravidade da crise econômica no país. O ex-secretário do Tesouro durante o governo de Clinton Larry Summers era um dos nomes mais cotados para assumir a posição, mas esta candidatura parece ter perdido força nos últimos dias.

Para a secretaria da Defesa, uma das possibilidades mais divulgadas é a de que Obama optará por manter em seu posto o atual chefe do Pentágono, Robert Gates, durante um ano, para supervisionar o desenvolvimento dos conflitos no Iraque e no Afeganistão.

EFE
 
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