| 09/11/2008 16h02min
Os ministros reunidos no fórum do G-20, realizado neste final de semana em São Paulo defenderam, no documento de encerramento do encontro, a profunda reforma e o fortalecimento do papel do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial na atual crise financeira, com uma maior representação dos países emergentes nesses organismos multilaterais.
"O FMI, o Banco Mundial e outras instituições financeiras internacionais têm um papel importante a representar, consistente com seus mandatos, de ajudar a estabilizar e fortalecer o sistema financeiro mundial, avançar na cooperação internacional para o desenvolvimento e auxiliar os países afetados pela crise", diz o documento.
"Os países emergentes e em desenvolvimento deveriam ter mais voz e representação nesses organismos", diz o documento. "Essas reformas também devem levar em conta os interesses dos países mais pobres.”
Proposta
brasileira
A proposta do governo brasileiro, também divulgada ao fim do
encontro, vai levar à reunião de chefes de Estado do G-20, no próximo dia 15, em Washington (EUA), inclui a criação de um órgão de alerta de risco nas economias, que funcionaria nos moldes de agências privadas, como a Standard & Poor's e a Fitch.
Segundo o documento, o objetivo é transformar o G-20 em um grupo de chefes de Estado e de governo, e não mais de ministros e presidentes de bancos centrais, como acontece atualmente.
Entre as mudanças propostas para o grupo está a realização de pelo menos duas reuniões anuais, antes dos encontros periódicos do FMI e do Banco Mundial, e não apenas uma, em novembro, como ocorre atualmente.
Próximos passos
— Vamos desenvolver ao longo da semana uma agenda de propostas para levar à reunião de Washington, que será realizada no próximo sábado — disse em entrevista coletiva o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Segundo ele, a cúpula de chefes de Estado ou de Governo do G-20, convocada pelo
presidente americano, George W. Bush, terá o "poder político" para definir uma "proposta ambiciosa" de mudanças que pode demorar "um, dois ou três meses" para serem sentidas.
Com informações do site G1 e da agência EFE.
Saiba mais sobre a crise:
Mantega disse que a cúpula do G-20 deve definir uma "proposta ambiciosa" de mudanças
Foto:
Antonio Lacerda, EFE
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