| 09/11/2008 14h46min
Para amenizar o efeito da crise financeira sobre a economia real, os países participantes do G-20 estão recorrendo a cortes de impostos, aumento de transferências governamentais e injeções de recursos públicos na economia — um arsenal conhecido como política fiscal anticíclica.
É a mesma linha defendida no sábado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu discurso, ao afirmar que não interromperá as obras de infra-estrutura previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Também podem ser incluídas na lista medidas já adotadas pelo governo brasileiro, como a injeção de mais recursos na agricultura e na construção civil.
Abrir os cofres públicos para combater a crise foi uma receita presente em quase todos os relatos feitos ontem, o primeiro dia de discussões da reunião de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G-20.
Acordo
Houve, porém, quem alertasse para o risco de
o entusiasmo com políticas fiscais generosas resultar em
outra bolha. A Rússia, por sua vez, veio com uma proposta inovadora para evitar a repetição da crise: criar uma espécie de acordo de Maastricht mundial.
O acordo de Maastricht é o que estabeleceu padrões comuns para as finanças dos países integrantes da União Européia. Para fazer parte do bloco, os europeus precisam manter indicadores como inflação e dívida pública dentro de determinados limites.
Para os russos, o ideal seria adotar padrões de qualidade para o mundo inteiro, com regras e supervisão para todos os países, de forma obrigatória. Quem não fizesse parte do acordo teria limitado seu acesso ao fluxo internacional de capitais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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