| 18/09/2008 15h37min
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, avaliou nesta quinta-feira que a crise financeira internacional é de fato mais profunda, porém, não chega a afetar de forma decisiva o mercado interno.
— Não é possível dizer que situação é um passeio, mas também não é nenhuma catástrofe como acontecia no passado — avaliou, comparando a conjuntura atual a crises financeiras anteriores, como a asiática, da Rússia e da Argentina, quando o Brasil entrava "em estresse absoluto".
Para a ministra, a crise encontra o Brasil na situação "de maior fortalecimento dos últimos tempos". Ela listou, como evidências dessa condição, o patamar de reservas internacionais (cerca de US$ 205 bilhões), o crescimento econômico estimulado pela demanda interna e a diversificação das exportações. Por isso, considerou que o Brasil tem condições de resistir de forma consistente à crise, mas mesmo assim se manterá atento a seus desdobramentos.
— O investimento vai continuar
crescendo acima do crescimento do Produto
Interno Bruto — projetou, dizendo que as dificuldades eventuais decorrentes da restrição do crédito serão enfrentadas "prontamente".
Ao relacionar a situação atual com o passado, Dilma ressaltou que "chegamos ao ponto de, em 2002, não termos em caixa US$ 14 bilhões", para lembrar que as reservas somam cerca de US$ 205 bilhões atualmente, dando "robustez" para enfrentar as dificuldades.
Dilma participou da solenidade de batismo da plataforma P-53 da Petrobras, no Porto Novo de Rio Grande (RS). Em discurso no evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também fez referência à crise e as condições da economia brasileira, destacando a diversificação das exportações, que indicam menor dependência do fluxo comercial com os Estados Unidos.
Há dez anos, as exportações aos EUA representavam cerca de 26% das vendas brasileiras e atualmente somam 15%, comparou Lula. O presidente disse que uma recessão nos Estados Unidos poderia trazer prejuízos a todos os
países, mas considerou que o Brasil
deve sofrer pouco estas conseqüências, se a economia norte-americana entrar em retração.
Saiba mais sobre o Pólo Naval de Rio Grande:
Agência Estado
Lula chegou a Rio Grande por volta das 10h desta quinta-feira para a inauguração oficial da plataforma P-53. Ao seu lado estavam a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão
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