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 | 03/07/2008 21h30min

PT apresenta relatório paralelo da CPI do Detran e pede indiciamento da governadora

Bancada do partido considerou ilegal o relatório oficial feito pelo deputado Adilson Troca

Em entrevista coletiva, concedida no final da tarde desta quinta-feira, a bancada do PT manifestou sua discordância com o relatório apresentado pelo deputado Adilson Troca, do PSDB, sobre os trabalhos da CPI do Detran e apresentou um documento em que sustenta a necessidade do indiciamento da governadora Yeda Crusius e mais seis personagens com foro privilegiado, entre eles o deputado José Otávio Germano e o presidente do Tribunal de Contas, João Luis Vargas.

— Troca fez como Pilatos. Não indiciou quem deveria. Preferiu os acordos — disse Fabiano Pereira, presidente da CPI.

Fabiano afirmou, também, o que considera uma ilegalidade do relatório, que deve ser apresentado à CPI do Detran em sessão marcada para esta sexta-feira.

— Infelizmente, o próprio relator reconhece que usou documentos que não constam nos autos da CPI. Isso é irregular e contradiz os artigos nove e dez do Código Penal. Dessa forma, o relatório é ilegal — sentenciou o presidente da CPI, deputado Fabiano Pereira.

Na página 132 do seu relatório, Troca diz que possui farta documentação que comprova irregularidades na gestão do Detran, entre 2001 e 2003.

A documentação citada, entretanto, nunca chegou à CPI nem é de conhecimento dos parlamentares. Na página 187 do documento, o relator usa informações da sindicância do Executivo sobre a fraude no Detran, mas a referida sindicância nunca foi protocolada na secretaria da CPI.

— Dessa forma, qualquer pessoa que se sentir prejudicada pelo relatório pode derrubá-lo na Justiça. O ideal é que relator retire o relatório e se produza outro documento — sustentou.

Já a deputada Stela Farias explicou que o documento do PT, que deverá ser apresentado na CPI, reafirma a necessidade de indiciamento dos 40 réus da Operação Rodin, mas vai além, apresentando razões suficientes para o indiciamento dos personagens com foro privilegiado, como a governadora Yeda Crusius, o deputado José Otávio Germano e o presidente do Tribunal de Contas, João Luis Vargas.

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