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 | 30/06/2008 12h44min

CPI do Detran não deve indiciar João Luiz Vargas

Relator Adílson Troca apresenta as conclusões na sexta-feira, na última sessão da comissão

Daniel Scola  |  daniel.scola@rdgaucha.com.br

Se depender do relator da CPI do Detran, o atual presidente do Tribunal de Contas do Estado, João Luiz Vargas, e o ex-secretário de segurança, deputado José Otávio Germano, vão ficar de fora da lista de nomes que terão o indiciamento solicitado no relatório final. A conclusão do deputado Adílson Troca, no entanto, ainda depende de consulta aos partidos aliados que compõem a CPI. Troca se prepara para apresentar o relatório, que tem cerca de 400 páginas, na quarta-feira, mas a leitura e votação serão na sexta, na sessão final da CPI, que deve ser marcada pela disputa com a oposição.

A bancada do PT insiste em incluir entre os responsabilizados os secretários do Palácio Piratini que caíram ao longo das investigações, o deputado José Otávio Germano e o presidente do Tribunal de Contas. Porém o relator Adílson Troca não vê indícios para pedir o indiciamento destas pessoas, mas somente dos 40 suspeitos que já respondem ao processo como réus, o ex-dirigente da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência Descrição (Fatec), Ronaldo Morales, e mais uma pessoa. Troca justifica que no caso de João Luiz Vargas, as explicações já estão sendo dadas ao TCE.

— Do próprio João Luiz Vargas já está sendo feita e nós concordamos plenamente, e aí respeitamos porque é um órgão fiscalizador do Estado, que nós temos a maior confiança no seu trabalho, e isso já está acontecendo. Eu acho que a CPI tem que aguardar o resultado do trabalho que o Tribunal de Contas vem fazendo — afirmou Adílson Troca.

O relator ainda vai consultar as bancadas para saber a posição sobre José Otávio Germano, mas a tendência é que ele não seja responsabilizado.

Na tarde desta segunda, os deputados começam a analisar documentos enviados pela Federação das Empresas de Seguros Privados (Fenaseg). A suspeita é de uso de recursos de convênios com o Detran investidos em campanhas eleitorais e benefício particular de ex-dirigentes da autarquia.

O presidente da CPI do Detran, deputado Fabiano Pereira, solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) hoje pela manhã a convocação do ex-representante do governo do Estado em Brasília, Marcelo Cavalcanti, que aparece em gravações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal (PF) e admite que recebeu carta de Lair Ferst endereçada à governadora Yeda Crusius.

 
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