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 | 02/06/2008 11h56min

Sonho do Figueira na Série A começa a virar pesadelo

Time, que projetava a Libertadores como meta, vem decepcionando torcida

Jean Balbinotti  |  jean.balbinotti@diario.com.br

O empate sem gols, contra o Goiás, sábado, no estádio Orlando Scarpelli, disparou o sinal de alerta no Figueirense. E por um simples motivo. Antes do Brasileiro iniciar, a pretensão do clube era a de brigar por uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem. Só que após quatro rodadas e cinco pontos somados em 12 disputados, a realidade é outra. O sentimento de preocupação já domina a torcida alvinegra.

Com a saída de Alexandre Gallo, o técnico Guilherme Macuglia assumiu a missão e, em dois jogos, conseguiu apenas um ponto. Logo na estréia do novo técnico, o Figueira foi goleado por 4 a 0 pelo Vitória.

Mais do que se preocupar com o rendimento do time na era Macuglia, o torcedor do Figueira está um tanto insatisfeito com os reforços que chegam ao clube. Nesta segunda-feira, o alvinegro recebe dois jogadores — o zagueiro Bruno, ex-Mirassol-SP, e o lateral-esquerdo Leandro Eugênio, ex-Noroeste-SP — que mais parecem ser apostas. Pouco para quem postula uma vaga na Libertadores.

— Nós pretendemos, sim, continuar buscando reforços, em especial um zagueiro, mas temos que respeitar a maneira que o treinador gosta de jogar para definir as carências — disse o diretor-superintendente da Figueirense Participações, Rodrigo Prisco Paraíso, antes do jogo de sábado.

Certamente depois de assistir à baixa produtividade do time atuando em casa e contra um adversário que estava há seis jogos sem vencer, o dirigente ficou preocupado. A rigor, a inoperância da equipe diante do Goiás foi justificada por Macuglia pelo desgaste físico. Ou seria por que as cabeças pensantes do time não atravessam um bom momento?

Cleiton Xavier, mais uma vez, esteve abaixo das expectativas. O meia que desequilibrou no Estadual não conseguiu brilhar. O único que tentou fazer algo diferente foi Rodrigo Fabri. Mas, sozinho, não resolveu.

Pelo menos não nesse jogo. E os mais de 5 mil torcedores que compareceram no gelado Scarpelli vaiaram a equipe em sinal de protesto.

— O desgaste físico atrapalhou. Não tivemos a capacidade de buscar a vitória — reconheceu Macuglia.

Para o técnico, o jogo esteve cercado de expectativas por conta da goleada sofrida para o Vitória. Justificativa que até os atletas tentam evitar.

— Não podemos deixar de aproveitar essas chances em casa — resumiu o goleiro Wilson.

Agora, o desafio será ainda maior. O Flamengo, sábado, no Maracanã. Momento ideal para testar a força da equipe.

 
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