| 29/05/2008 12h17min
O relatório final da sindicância que apurou indícios de fraude no contrato do Detran com a Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg) mostra que o ex-diretor-presidente da autarquia até novembro de 2007, Flávio Vaz Netto, teria conhecimento sobre o elevado custo da operação para compra de equipamentos e softwares.
Em depoimento, servidores do Detran relataram que chegaram a chamar a atenção sobre a inviabilidade de mudança do sistema de infrações tradicional para o informatizado com uso de palm tops. Os funcionários também teriam avisado que a Procergs poderia fornecer o software com um valor bem mais baixo.
Novas suspeitas foram anunciadas ontem
Uma investigação do Ministério Público Estadual sobre o destino de valores repassados pela federação trouxe à tona ontem a suspeita de que verba pública gerenciada pelo Detran tenha sido utilizada para abastecer campanhas
eleitorais.
O dinheiro repassado, em torno de R$
17 milhões entre 2003 e 2007, devia, por lei, ser aplicado em programas educativos de trânsito. Na prestação de contas da autarquia constam, no entanto, pagamentos para locação de veículos, contratação de advogados, organização de eventos, decoração de festas, impressões de material diverso e tratamento odontológico de servidores. Para o MP, há fortes indícios de irregularidades no caso.
Nesta quarta-feira (28), o Ministério Público Estadual realizou buscas para a investigação da fraude do Detran
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