| 30/04/2008 03h30min
Única contratação, até agora, a animar a torcida do Grêmio, o meia Tcheco, 32 anos, avisa, de Jeddah, na Arábia Saudita, que não deseja ser visto como a salvação do time.
Ao contrário de sua primeira chegada ao Grêmio, no início de 2006, quando o clube vivia a euforia do retorno à Série A e contava com uma base de time, ele sabe que irá enfrentar, agora, uma situação de instabilidade. Localizado por Zero Hora, o jogador do Al Ittihad aproveitou para fazer perguntas sobre a pressão vivida com as eliminações no Gauchão e na Copa do Brasil. Quis saber, até, da possibilidade da volta de Jardel, descartada pela direção.
— A fumaça está grande por aí, é?— questionou, com ar preocupado.
Para Tcheco, o reerguimento da equipe não irá depender de um único jogador, e, sim, de toda uma estrutura, que inclui a colaboração da torcida, apesar da rejeição ao técnico Celso Roth.
— Serei mais um para ajudar. Craque é o Roger. Só quero trabalhar tranqüilo,
como da outra vez — afirma, ao mesmo tempo
em que se diz preparado para exercer o papel de líder numa equipe com muitos jovens.
No Al Ittihad, ele atua em função mais recuada do que nos dois anos de Grêmio. Joga como segundo volante, o que não o impede de ter efetiva participação nas vitórias. Em 20 partidas, marcou um gol e deu assistência "para uns 12". O mais importante, como ressalta, é o fato de não ter sofrido nenhuma lesão.
Antes da volta ao Brasil, marcada para o final de maio, Tcheco ainda quer levar seu time, o Al Ittihad, às finais da Copa da Ásia. Nas semifinais, com início previsto para amanhã, o adversário será o Al Helal, "o time do príncipe", como informa o jogador.
A distância não o impede de acompanhar o Grêmio. Pelos jornais, ele informou-se sobre a remodelação sofrida pelo grupo de jogadores após sua saída, em dezembro.
Pela Globo Internacional, Tcheco assistiu a dois jogos do time pela Copa do Brasil. Um deles, o da eliminação, contra o Atlético-GO,
foi transmitido ao vivo para a Arábia, em plena
madrugada.
— Quando a Globo noticiou que iria transmitir, tomei café para conseguir ficar acordado — diz.
Definida na semana passada, sua volta ao país faz, também, a alegria do filho, Leonardo, seis anos, cujo sonho é entrar em campo de mãos dadas com o pai.
Situações como essa o levaram a nem se preocupar com salário ao saber da possibilidade de retornar. Tcheco mandou que seus procuradores acertassem logo, apesar de ofertas do Coritiba e de clubes do Japão e Catar. Seus planos, depois de ajudar na recuperação do time, incluem encerrar a carreira no Grêmio, possivelmente no final de 2009, quando já estiver chegando aos 34 anos.
Para Tcheco, o reerguimento da equipe não irá depender de um único jogador, e, sim, de toda uma estrutura, que inclui a colaboração da torcida
Foto:
Valdir Friolin
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