| 18/03/2008 05h11min
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, assegurou nesta terça-feira que a porta para o diálogo com o Dalai Lama, líder religioso e espiritual tibetano, "continua muito aberta", mas desde que ele reconheça que o Tibete e Taiwan são parte da China. No entanto, Wen assinalou que os distúrbios da semana passada em Lhasa, a capital tibetana, e outras zonas do país provaram as "duas caras" do Dalai Lama, prêmio Nobel da Paz em 1989.
— Não é preciso somente levar em conta o que o Dalai diz, mas também o que faz — acrescentou o premier, que reiterou que o líder tibetano é o responsável pelas revoltas de Lhasa e os protestos contra legações
diplomáticas chinesas no mundo todo.
O Dalai Lama
pediu recentemente — em uma entrevista a uma emissora de TV britânica — que os protestos aumentassem este ano a favor da liberdade no Tibete, em coincidência com a Olimpíada de Pequim, que acontecem em agosto. Mais tarde, o líder religioso, que nos últimos anos moderou seu discurso em direção a Pequim, assegurou que não era a favor de um boicote aos Jogos.
Emissários tibetanos viajaram nos últimos anos a Pequim para dialogar com representantes do governo comunista, embora sem resultados notáveis. O Dalai Lama, que há alguns anos pedia a independência do Tibete, atualmente se inclina mais por uma ampliação da autonomia dessa região, embora Pequim assegure que suas intenções não mudaram e que ele continua sendo um separatista.
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