| 20/02/2008 17h14min
Recuperado do grave acidente sofrido na última etapa da Stock Car Light, no final do ano passado, o piloto Renato Russo voltou a falar com a imprensa. Em entrevista ao Jornal da Tarde e O Estado de São Paulo, publicada nesta quarta-feira, ele comentou sobre segurança e abriu discussão sobre um assunto delicado: o uso do exame antidoping durante os fins de semana de corrida.
– Em relação ao que falei sobre pilotos que bebem ou usam drogas, minha declaração foi abrangente e não está direcionada somente à Stock Car. A preocupação com o uso de substâncias ilegais é internacional e esta discussão está aberta há muitos anos, inclusive na F-1. É um cuidado que se deve ter em qualquer esporte, principalmente numa modalidade de risco, como o automobilismo – disse.
Russo salientou que ao fazer tais denúncias não teve a intenção de prejudicar a Stock:
– Eu jamais faria declarações
que pudessem prejudicar a categoria que me recebe como profissional e de onde
eu tiro o meu sustento. O que falei foi na tentativa de sugerir mudanças que possam aumentar nossa segurança e essa medidas já estão sendo estudadas – contou.
Suas declarações levam em consideração exemplos do passado.
– Nas corridas mais antigas, que tinham caráter festivo e bem menos profissional que hoje, era comum ouvir histórias sobre pilotos que bebiam ou usavam drogas. A situação melhorou muito desde então, mas ainda é preciso reduzir as chances de isto acontecer, por meio do exame antidoping – afirmou.
Desde o acidente que provocou a morte de Rafael Sperafico, a Stock Car tomou medidas para aumentar a segurança dos pilotos, como o reforço lateral na estrutura tubular e a obrigatoriedade do HANS, equipamento que protege o pescoço e a cabeça em caso de acidente.
– Só quem passou por uma situação como a minha sabe a importância destas ações – concluiu Russo.
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